SAÚDE

Lula e Nísia Trindade entregam medalha Oswaldo Cruz e defendem vacinação

O reconhecimento é entregue desde 1970 para pessoas que contribuíram para a saúde dos brasileiros. Neste ano, a edição tem como tema a vacinação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, entregaram, na tarde desta quarta-feira (11/9), a medalha Oswaldo Cruz para reconhecer pessoas que contribuíram para a saúde brasileira, principalmente, na vacinação. A cerimônia foi realizada no Palácio do Planalto.

Ao todo, 22 pessoas e 10 instituições foram condecoradas com a medalha. Entre elas, estavam presentes no evento a primeira-dama Janja Lula da Silva, o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto, o senador Humberto Costa (PT-PE), o deputado federal Dr Francisco (PT-PI), a empresária Luiza Trajano, dona da Magazine Luiza, o influenciador e ativista anti capacitista Ivan Baron, que também subiu a rampa ao lado de Lula na posse presidencial, e o biólogo e divulgador científico Átila Iamarino.

“Queria agradecer a todos vocês por terem nascido, por serem como são e fazer com que a gente não perca nunca a fé e a esperança de que tem mais gente querendo salvar, do que gente querendo matar”, iniciou Lula.

O presidente, então, relembrou o período em que a saúde e a vacinação entraram em descrédito no governo de Jair Bolsonaro. “Eu sinceramente nunca pensei viver um momento na história do Brasil em que se tem uma linguagem oficial do presidente da República, do ministro da Saúde, de médicos com mandato de deputado, personalidades públicas, tendo a insensatez de inventar tantas mentiras contra a vacinação. Me parece que essa gente não viveu no nosso tempo. Nunca tiveram noção do que a vacina significou para a humanidade. Parece que essa gente nunca teve sequer a sensatez de ser um pouco humanista, fraterna, solidária e verdadeiramente humana”, acrescentou.

“Lutar contra a desigualdade é também lutar para que as políticas de saúde e o acesso estejam disponíveis a todos os brasileiros com uma política firme. Em janeiro de 2023, enfrentamos desafios imensos, a desinformação e o negacionismo fruto de 4 anos trabalhando contra a ciência, o conhecimento e as vacinas. No país do Zé Gotinha, do SUS, quiseram instaurar o medo, mas felizmente, com o retorno do presidente Lula à gestão da presidência da república, nós conseguimos fazer os passos para superar essa situação”, destacou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

O homenageado Fernando Pigatto, presidente do Conselho Nacional de Saúde, também destacou o enfrentamento ao movimento antivacina. “É com muita honra que recebo essa condecoração. Penso que estamos aqui por termos ajudado, como tantas outras milhares de pessoas, na história recente do país e do mundo a enfrentar um momento terrível da nossa história. Essa história de movimento anti vacina não é de hoje, Oswaldo Cruz enfrentou o movimento anti vacina e nós o enfrentamos desde 2015, 2016. O negacionismo veio mais forte ainda com a pandemia da covid-19 e o movimento antivacina liderado pelo então presidente. Isso não é pouca coisa a ser enfrentada. Nós criamos campanhas, mobilizamos a sociedade, buscamos conscientização contra o poder instituído pela [presidência] da república”, relembrou.

A artista Xuxa Meneghel estava confirmada para comparecer ao evento, mas devido a atraso em um compromisso internacional, não chegou a tempo. Ela é embaixadora do Movimento Nacional de Vacinação, promovido pelo Ministério da Saúde para aumentar a cobertura vacinal, especialmente, das crianças.

A Medalha de Mérito Oswaldo Cruz foi criada pelo Decreto n° 66.988, de 31 de julho de 1970, e é destinada a reconhecer pessoas ou Instituições que, no campo das atividades científicas, educacionais, culturais e administrativas relacionadas com a medicina, a higiene e a saúde pública, tenham contribuído para o bem-estar físico e mental da coletividade brasileira.

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