Os governos do Brasil e da Colômbia manifestaram, nesta terça-feira (3/9), “preocupação” com o mandado de prisão emitido pela Justiça da Venezuela contra o candidato da oposição Edmundo González.
Para os países, o pedido de prisão contraria os compromissos assumidos pelo governo de Nicolás Maduro nos Acordos de Barbados, no qual se comprometeu a realizar eleições transparentes e com ampla participação da oposição. Além disso, a medida dificulta a negociação pacífica entre o governo chavista e a oposição. A nota foi divulgada pelo Itamaraty nesta noite.
“Esta medida judicial afeta gravemente os compromissos assumidos pelo Governo venezuelano no âmbito dos Acordos de Barbados, em que governo e oposição reafirmaram seu compromisso com o fortalecimento da democracia e a promoção de uma cultura de tolerância e convivência. Dificulta, ademais, a busca por solução pacífica, com base no diálogo entre as principais forças políticas venezuelanas”, diz o texto.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, atuam juntos para tentar uma solução mediada entre Maduro e a oposição, mas não veem disposição do regime chavista para negociar. Maduro, por sua vez, endureceu a repressão após o pleito.
Confira a nota na íntegra:
Os governos de Brasil e Colômbia manifestam profunda preocupação com a ordem de apreensão emitida pela Justiça venezuelana contra o candidato presidencial Edmundo González Urrutia, no dia de ontem, 2 de setembro.
Esta medida judicial afeta gravemente os compromissos assumidos pelo Governo venezuelano no âmbito dos Acordos de Barbados, em que governo e oposição reafirmaram seu compromisso com o fortalecimento da democracia e a promoção de uma cultura de tolerância e convivência. Dificulta, ademais, a busca por solução pacífica, com base no diálogo entre as principais forças políticas venezuelanas.