Congresso

Presidente da CAE descarta sabatina de Galípolo na semana que vem

Com reunião do Copom e eleições, sabatina do indicado ao Banco Central deve ficar para outubro. Planalto tem pressa e teme possível congestionamento da pauta do Senado

O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), sinalizou nesta terça-feira (3/9) que a sabatina de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central (BC) não deve ser realizada na semana que vem, como quer o governo. 

Ontem, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que estava trabalhando para que a sabatina acontecesse em 10 de setembro. Na sessão da comissão desta terça, Cardoso descartou a data. 

Mais cedo, o senador chegou a cogitar que pudesse ocorrer no dia 17, no entanto, a data é o primeiro dia de reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), do qual Galípolo faz parte. Os membros devem respeitar um período de silêncio que dura da quarta-feira anterior à reunião até a publicação da ata, na terça-feira posterior, período em que é proibido falar sobre política monetária.

Devido ao conflito de agendas, o maior provável é de que a sabatina aconteça mesmo após as eleições municipais, em outubro. A escolha da data dependerá de uma reunião que ocorrerá ainda hoje entre o presidente da CAE e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). 

"Não adianta nada a gente marcar a sabatina aqui se o presidente do Senado não pautar. Como é de comum aqui, a gente sempre sabatina de manhã e, à tarde, no plenário", disse Vanderlan. 

O indicado ao BC já deu início a uma rodada de conversas com líderes para assegurar sua aprovação. Pela manhã, Galípolo se reuniu com Vanderlan e com o líder do PSD no Senado, Otto Alencar (PSD-BA). Uma das pautas foi a definição do relator da sua indicação. Segundo os parlamentares, o nome provável é o do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).

O Planalto tem pressa para a avaliação do nome, pois há um temor de um possível congestionamento da pauta caso a sabatina fique para depois das eleições. Os senadores já têm pautas pendentes, como a regulamentação da reforma tributária, análise das indicações dos dirigentes de agências reguladoras e votação do orçamento.

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