O governo brasileiro se pronunciou prestando condolências às famílias das vítimas e solidariedade ao povo e ao governo do Nepal. Na nota, divulgada na tarde desta segunda-feira (30/9), o Brasil pediu para que os países redobrem os esforços e adaptação aos impactos ocasionados pelas mudanças climáticos: "Nesse momento de tristeza, o Brasil conclama as nações parceiras a redobrarem os esforços de adaptação aos impactos da mudança do clima, em reação à multiplicação de eventos naturais extremos dessa natureza". Não há registros de brasileiros entre as vítimas.
Nos últimos três dias, o Nepal, país da Ásia Meridional localizado entre o Tibete e a Índia, foi devastado por chuvas torrenciais e deslizamentos que já vitimaram 193 pessoas de acordo com o Ministério do Interior do país. A capital, Katmandu, foi uma das mais atingidas teve grande parte da zona sul da cidade coberta de água. "De acordo com os últimos números, 200 pessoas morreram, 127 ficaram feridas e 26 ainda estão desaparecidas", disse o porta-voz do ministério, Rishi Ram Tiwari.
O Brasil passou por uma catástrofe semelhante entre abril e maio deste ano, quando as fortes chuvas atingiram o Rio Grande do Sul, inundando cidades e deixando quase meio milhão de pessoas desabrigadas. O alto volume de chuvas provocou a subida do rio Guaíba em 5,37 metros, alcançando uma marca história, e atingindo mais 2 milhões de pessoas, quase 18% dos 11,22 milhões de habitantes do estado. Até agosto, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul havia contabilizado 183 mortes e 27 desaparecidos.
Na tragédia na região do Nepal, país com cerca de 30 milhões de pessoas, o departamento de Hidrologia e Meteorologia registrou 240 milímetros de chuva, o mais elevado em 22 anos. Nesta segunda-feira (30/9), houve melhora no tempo, o que tem facilitado os trabalhos de resgate e limpeza. O governo brasileiro informa que segue acompanhando os desdobramentos da calamidade climática no Nepal por meio da embaixada do Brasil em Katmandu.
Com informações da Agência Brasil
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