A uma semana da votação, o cenário de disputa pelo segundo turno na corrida pela Prefeitura de Belo Horizonte promete ser apertado. De acordo com a pesquisa do Instituto Opus encomendada e divulgada com exclusividade pelo Estado de Minas nesta segunda-feira (30/9), o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) tem 25% das intenções de voto e segue na liderança da disputa, mas teve sua vantagem reduzida pelo colega de Assembleia Legislativa, Bruno Engler (PL), que surge na segunda posição com 20% das respostas, e pelo atual prefeito Fuad Noman (PSD), que foi a escolha de 18% dos entrevistados.
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Como a margem de erro da pesquisa é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos, na prática, é como se os três líderes da pesquisa estivessem empatados tecnicamente. O resultado aponta para uma indefinição no cenário de segundo turno nos momentos finais de campanha.
O segundo pelotão está distante dos três primeiros colocados no levantamento do Opus. A deputada federal Duda Salabert (PDT) aparece na quarta posição com 7% das intenções de voto. Ela é seguida pelo presidente da Câmara Municipal, Gabriel Azevedo (MDB), que foi escolhido por 5% dos entrevistados. Logo atrás, o deputado federal Rogério Correia (PT) e o senador Carlos Viana (Podemos) têm 4% das respostas cada.
Na prática, seguindo a margem de erro, Duda, Gabriel, Viana e Correia estão empatados tecnicamente. Indira Xavier (UP) e Lourdes Francisco (PCO) não chegaram à marca de 1% e Wanderson Rocha (PSTU) não foi citado nas respostas ao questionário. Ao todo, 6% dos entrevistados afirmaram que anularão ou votarão em branco, enquanto 11% disseram ainda não saber sua escolha nas urnas.
A pesquisa do Instituto Opus ouviu 800 eleitores belo-horizontinos entre os dias 25 e 27 de setembro. O intervalo de confiança do levantamento é de 95%, com margem de erro de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos. O estudo foi registrado na Justiça Eleitoral sob o protocolo MG-05372/2024.
Variações
A última pesquisa do Opus encomendada pelo EM foi levada a campo entre 13 e 15 de agosto e publicada no dia 20 do mês passado. Com pouco mais de um mês entre os levantamentos, os resultados mostram uma variação significativa na briga pelo segundo turno. A única constante é a liderança de Mauro Tramonte, que oscilou positivamente em um ponto percentual ao sair de 24% para 25% das intenções de voto.
Atual segundo colocado, Bruno Engler ocupava a terceira posição na pesquisa anterior e conseguiu subir 9 pontos percentuais para alcançar os atuais 20% que o colocam na vice-liderança. O maior salto, no entanto, foi de Fuad Noman, que era o quinto colocado há um mês com 7% das respostas e hoje ocupa o terceiro posto com a predileção de 18% dos entrevistados.
Ainda entre as escaladas, Gabriel Azevedo saiu de 1% das intenções de voto em agosto para 5% neste mês. O restante dos candidatos experimentaram uma redução nas respostas entre os levantamentos do Opus. A mais vertiginosa queda foi a de Carlos Viana, antes na segunda posição com a escolha de 11% dos entrevistados e hoje está em sexto lugar, com 4%.
Duda Salabert e Rogério Correia caíram um ponto percentual cada, saindo de 8% para 7% e de 5% para 4% das intenções de voto, respectivamente. Apenas Engler, Fuad e Viana oscilaram além da margem de erro.
O número de eleitores que afirmam votar em branco ou anular a escolha caiu de 8,5% para 6% entre os levantamentos. A queda mais vertiginosa, no entanto, foi percebida entre os indecisos. Se em agosto 24,5% dos entrevistados afirmaram não saber quem escolheriam ou preferiram não responder à pergunta, em setembro este número caiu para 11%.
Pesquisa espontânea
O Instituto Opus também fez um levantamento para a intenção de voto espontânea. Neste cenário, o entrevistado é instado a responder em quem votará para prefeito sem que sejam apresentadas alternativas.
A disputa entre Tramonte, Engler e Fuad é ainda mais acirrada neste contexto, com os três empatando com exatos 14% de intenção de voto cada um. Gabriel Azevedo e Duda Salabert vêm na sequência com 3% das respostas. Rogério Correia tem 2% e Carlos Viana, 1%. Quase metade dos entrevistados, 49%, não souberam citar um nome ou não responderam à questão espontânea.
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