O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou sobre a migração durante reunião sobre democracia, que ocorreu nesta terça-feira (24/9), como parte da programação da Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Na ocasião, ele atribuiu aos países ricos os movimentos migratórios.
"A questão da migração deixou os governos progressistas sem ter o que falar. O Trump (ex-presidente dos EUA) falava de EUA para os americanos, falavam de Europa para europeus", iniciou o presidente.
"A gente se esquece que, inclusive, os países ricos, ao longo dos anos, foram os fomentadores das pessoas precisassem viajar de um país para o outro, se tivessem condição de ficar em seu país, as pessoas ficariam, viajariam só de férias", defendeu ainda.
Lula falou que a questão migratória é um dos "problemas cruciais" a ser enfrentados, pois é um debate "muito caro e difícil".
"Vimos no Brasil quando os companheiros do Haiti começaram a ir e, agora, com muitos venezuelanos, percebemos como uma parte da sociedade reage. É como se o migrante tivesse tirando direito e espaço dele. E isso é um desafio", comentou o presidente.
De acordo com dados do governo, entre janeiro de 2023 e julho de 2024, foram concedidos mais de 11 mil vistos de acolhida humanitária no Brasil. As informações do DataMigra BI, plataforma que reúne dados migratórios de diversos órgãos do governo federal, mostram que os afegãos foram os que mais receberam vistos humanitários: 6.149. Em segundo lugar estão os haitianos, com 4.119, e os sírios somam 926.
Já os venezuelanos já somam mais de 125 mil pessoas desde o início da Operação Acolhida, que interioriza os migrantes que chegam ao Brasil pela fronteira de Roraima.
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