Os senadores Eduardo Braga (MDB-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL) foram indiciados pela Polícia Federal por supostamente terem cobrado propina para favorecer o grupo Hypermarcas, atual Hypera Farma, no Senado. Além deles, o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR) também foi indiciado.
O relatório final da investigação foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os parlamentares são acusados de cobrança de propina e corrupção. O indiciamento foi revelado pelo UOL e confirmado pelo Correio junto a fontes na PF. O caso foi investigado em um desdobramento da operação Lava-Jato. O relator do processo na Suprema Corte é o ministro Edson Fachin.
O magistrado encaminhou o caso para a Procuradoria-Geral da República (PGR). A entidade decide se existem provas suficientes das acusações e apresenta ou não uma denúncia. Uma vez apresentada, se for aceita pelo STF, a denúncia faz com que os parlamentares se formem réus em uma ação penal.
Em nota, a defesa de Romero Jucá afirmou que o cliente colaborou com as investigações. "O ex-senador Jucá colaborou de forma efetiva com a investigação, prestando os esclarecimentos devidos e colocando-se sempre à disposição da autoridade policial", diz o texto.
A defesa de Eduardo Braga disse que são "ilações esdrúxulas" e que o parlamentar não cometeu irregularidades.
"Trata-se de ilações esdrúxulas sem amparo nos elementos constantes do próprio inquérito. Há evidências claríssimas de que o parlamentar não manteve contato com o delator, que, além de mudar sua versão 4 anos depois, baseia suas declarações em mero 'ouvir dizer'. Não tenho dúvidas de que inquérito será arquivado. Triste, porém, é ver mais um episódio de vazamento ilegal", destacou.
Renan Calheiros não se manifestou até a publicação desta reportagem.
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