O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se emocionou nesta quinta-feira (12/9) ao comentar a morte de sua primeira esposa e de seu filho no parto, ao anunciar programa voltado para gestantes. Em discurso, o petista disse ter certeza de que a morte foi causada “por relaxamento”.
O chefe do Executivo participou hoje, em Belford Roxo, Rio de Janeiro, do lançamento da Rede Alyne, um programa que visa melhorar o cuidado com a saúde das grávidas. Segundo o governo, a primeira fase de implementação terá investimento de R$ 4,85 bilhões, beneficiando 30 milhões de mulheres.
“Cheguei no hospital, encontrei minha mulher morta e meu filho morto. Eu tenho certeza absoluta que foi relaxamento, que foi falta de trato. Porque as pessoas pobres, muitas vezes, são tratadas como se fossem pessoas de segunda categoria. E se é pobre e é mulher negra, é tratada como se fosse de terceira categoria. E nós precisamos tratar todas as pessoas com respeito, com carinho, com muito amor”, discursou o presidente, com a voz embargada.
Apoio para gestantes na saúde pública
“Eu acho que esse programa que a Nísia (ministra da Saúde) está lançando, pode ficar certo, vai diminuir o número de mortes de mulheres por conta do parto”, acrescentou. A primeira esposa de Lula, Maria de Lourdes, morreu durante o parto em 1971.
A Rede Alyne é uma atualização da Rede Cegonha, criada em 2011. O programa foi rebatizado em homenagem a Alyne Pimentel, que estava grávida e morreu por falta de assistência médica em Belford Roxo.
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