MEIO AMBIENTE

Marina alerta: "Podemos perder o Pantanal até o fim do século"

Em audiência pública no Senado, a ministra negou que o governo não esteja priorizando a pauta ambiental e afirmou que há um "esforço orçamentário enorme". Pantanal enfrenta a maior estiagem dos últimos 74 anos

A ministra do Meio Ambiente foi convidada pelos parlamentares a prestar esclarecimentos sobre as ações do governo contra a onda de queimadas que atinge o país -  (crédito:  Roque de Sá/Agência Senado)
A ministra do Meio Ambiente foi convidada pelos parlamentares a prestar esclarecimentos sobre as ações do governo contra a onda de queimadas que atinge o país - (crédito: Roque de Sá/Agência Senado)

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse, nesta quarta-feira (4/9), que o Brasil pode perder o Pantanal por completo até o fim deste século, devido ao aquecimento global. A região passa pela maior estiagem dos últimos 74 anos. 

"Segundo os pesquisadores, se continuar o mesmo fenômeno em relação ao Pantanal, o diagnóstico é de que poderemos perdê-lo até o fim do século. Isso tem um nome, baixa precipitação, alto processo de evapotranspiração, não conseguindo alcançar a cota de cheia, nem dos rios nem da planície alagada", explicou a ministra, em audiência pública na  Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado. 

A chefe da pasta foi convidada pelos parlamentares a prestar esclarecimentos sobre as ações do governo contra a onda de queimadas que atinge o país. Ela negou que o governo não esteja priorizando a pauta ambiental e afirmou que há um “esforço orçamentário enorme”.

A ministra lembrou, ainda, que o ministério não foi afetado no último corte orçamentário, apesar de ter tido recursos reduzidos para o combate a fogo no orçamento de 2024. “Houve uma redução do que foi solicitado no Orçamento, um corte total de R$ 18 milhões. O governo, criticado, apanha para cortar e depois apanha porque cortou. Mas no último corte, o único ministério não cortado foi o do Meio Ambiente”, destacou. 

Segundo Marina, o esforço do governo no enfrentamento as queimadas tem sido para “empatar o jogo”. “Não se tratam de incêndios naturais. Se não tivéssemos nos preparado desde janeiro de 2023, teríamos uma situação incontrolável. O esforço feito agora é para empatar o jogo.”

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postado em 04/09/2024 13:15 / atualizado em 04/09/2024 13:17
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