ENTREVISTA

Marçal fala sobre PCC, condenação por furto e cortes para redes sociais

Marçal chamou o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) de "bunda-mole", pois segundo o ex-coach o político "teve a chance de acabar com o PCC", mas não conseguiu

"Eu não tenho nadinha para me curvar para bandido, eu não sou bandido", disse Pablo Marçal no programa Roda Viva - (crédito: Reprodução/TV Cultura)

O candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) afirmou que escolheu se afastar do presidente nacional do PRTB, Leonardo Alves de Araújo, também conhecido como Leonardo Avalanche, por causa da suspeita de envolvimento do líder do partido com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

"Falei para ele 'não é melhor você se afastar'? Espero que ele tenha bom senso. Eu resolvi me afastar dele, estou seguindo minha campanha em paz, porque para mim é constrangedor ficar o tempo inteiro respondendo essas questões", destacou Marçal ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na segunda-feira (2/9).

“Se o Leonardo é do PCC, por que ele recebeu uma notificação de despejo? Cadê o dinheiro do PCC para ajudar?", acrescentou.

Marçal ainda chamou o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) de "bunda-mole", pois segundo o candidato Alckmin "teve a chance de acabar com o PCC" enquanto ele era governador de São Paulo e não o fez. 

"Sabe o que é muita coincidência? O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, teve a chance de acabar com o PCC e foi um bunda-mole”, disse.

Condenação de furto qualificado

Quando questionado sobre a condenação de quatro anos e cinco meses por furto qualificado em 2010, cuja pena não foi cumprida por prescrição do caso, Marçal afirmou que "não é bandido".

“Eu não tenho nadinha para me curvar para bandido, eu não sou bandido. Os candidatos falam que eu roubava velhinhas, eu nem sei quem são essas pessoas. Eu fui prescrito porque não tinha nenhum crime antes disso. Eu estou em paz em relação a isso“, respondeu.

Cortes para as redes sociais

O candidato à Prefeitura de São Paulo também afirmou que utiliza cortes para as redes sociais como uma estratégia para ganhar mais visibilidade e subir nas pesquisas eleitorais. "Estou sem fundão, sem padrinho político, sem tempo de TV. Vocês vão ter que aguentar os cortes".

Segundo Marçal, a discussão que ele teve com a jornalista Clarissa Oliveira durante sabatina da CNN Brasil em 26 de agosto foi para gerar cortes para alimentar as redes. Quando questionado se essa tática não esvazia o debate público, o influenciador pontuou que se o eleitor quiser conhecer as propostas dele, basta acessar o site o Tribunal Regional Eleitoral De São Paulo e ler o plano de governo.

Proposta para combater a pobreza

O candidato do PRTB também foi indagado sobre quais propostas ele tem para enfrentar a pobreza em São Paulo. Para Marçal, o primeiro passo para as pessoas saírem da vulnerabilidade social é mudar a mentalidade. 

"Fome as pessoas sentem três vezes por dia, se não der trabalho, progresso e mudar a mentalidade dessas pessoas... qualquer pessoa consegue, desde que deixe de ser um qualquer um", disse.

Teleféricos para mobilidade pública

Sobre a proposta de usar teleféricos para a mobilidade pública, Marçal afirmou que "é uma forma de abençoar a comunidade".

"Cinco vezes mais barata que o metrô, é limpa, não para e é o transporte mais seguro do mundo. Um elevador que é puxado na horizontal. Isso não é uma situação de mobilidade para uma cidade que tem sete milhões de carros transitando diariamente. É para quem mora na comunidade”, explicou.

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postado em 03/09/2024 08:58 / atualizado em 03/09/2024 09:09
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