FORÇAS ARMADAS

Múcio diz que fronteira com a Venezuela está preparada para 'qualquer evento'

Ministro da Defesa defendeu o trabalho da diplomacia brasileira na crise venezuelana, mas ressaltou que as Forças vão defender a integridade do território brasileiro

O ministro da Defesa, José Múcio, declarou, nesta quarta-feira (28/8), que a fronteira do Brasil com a Venezuela está preparada para “qualquer evento”. A fala ocorre dias após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Colômbia, Gustavo Preto, cobrarem as atas do governo de Nicolás Maduro e da oposição venezuelana. 

A declaração foi dada a jornalistas após solenidade dos 25 anos da Defesa. A cerimônia também contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Temos fronteiras com diversos países. A mais difícil no momento, por questões políticas deles, é a Venezuela. Nós estamos preparados para defender a integridade do território. Não precisamos de uma Defesa preparada e competente para atacar ninguém. Nós precisamos de uma defesa para dizer “não, aqui não entra. Aqui não passa. Aqui é território do povo brasileiro”, disse.

"Então, temos equipes lá, a nossa fronteira com a Venezuela está bastante preparada para qualquer evento, temos carros blindados reforçando, o pessoal do Exército, da Marinha. Estamos todos lá torcendo para que nada aconteça. Não vai acontecer”, apontou.

Múcio defendeu o trabalho da diplomacia brasileira em relação à crise. “Cabe ao Ministério das Relações Exteriores fazer o que eles estão fazendo bem”.

Em 23 de agosto, após o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) venezuelano chancelar a reeleição de Nicolás Maduro, um grupo de onze países, além da União Europeia, publicou comunicados rejeitando a decisão e cobrando uma transição democrática na Venezuela.

Um dia depois, Lula e Gustavo Petro publicaram uma nota conjunta de posicionamento sobre as eleições presidenciais na Venezuela pedindo pela divulgação das atas eleitorais. "Ambos os presidentes permanecem convencidos de que a credibilidade do processo eleitoral somente poderá ser restabelecida mediante a publicação transparente dos dados desagregados por seção eleitoral e verificáveis", diz um trecho do texto.

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