O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques recebeu a visita de 17 senadores durante o período de quase 1 ano em que esteve preso no Complexo da Papuda, em Brasília. Ele foi solto nesta quinta-feira (8/8), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e terá que cumprir uma série de medidas restritivas.
Na penitenciária, o ex-chefe da PRF recebeu parlamentares como Sergio Moro, Damares Alves, Ciro Nogueira, Jorge Seif, Marcos Pontes, Hamilton Mourão, Rogério Marinho e Magno Malta. O STF, no entanto, negou o ingresso de acompanhantes, como assessores, seguranças, advogados ou familiares.
Após conceder a soltura, Moraes estabeleceu que Vasques use tornozeleira eletrônica, cancelou seu passaporte e o proibiu de deixar o país, suspendeu seu porte de arma de fogo e vetou que faça uso das redes sociais.
Silvinei Vasques foi preso em agosto do ano passado por suspeita de interferência nas eleições de 2022 — época em que ele chefiava a PRF. Segundo a investigação, o então diretor da PRF dificultou o trânsito dos eleitores nas estradas pela do Nordeste, reduto eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na data do pleito, moradores da região usaram as redes sociais para denunciar operações da corporação. De acordo com eles, os agentes colocaram barricadas em vários pontos, atrasando a votação dos eleitores. Na investigação, tanto Vasques quanto o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, também investigado, alegaram que as barreiras foram montadas para combater crimes eleitorais, como, por exemplo, compra de votos.
Silvinei também é suspeito de participar, como diretor-geral da PRF, de eventos públicos, conceder entrevistas e fazer publicações nas redes sociais favoráveis ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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