O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou ontem pela condenação de Maria de Fátima Mendonça Jacinto, a "Fátima de Tubarão", a 17 anos de prisão em regime inicial fechado. A mulher de 69 anos foi flagrada no ataque de 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas tentaram um golpe de Estado ao invadirem e depredarem as sedes dos Três Poderes.
Ela é acusada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) dos crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado. Fátima ficou conhecida por meio de um vídeo, feito durante o ataque ao Palácio do Planalto, que circulou pelas redes sociais.
"Vamos para a guerra, é guerra agora. Vamos pegar o Xandão agora", disse, referindo-se ao ministro Alexandre de Moraes, relator da ação no STF.
Fátima foi detida na terceira fase da Operação Lesa-Pátria, em 27 de janeiro de 2023, 20 dias depois da tentativa de golpe. Em junho, Moraes manteve a prisão preventiva, apesar de defesa da mulher apresentar recurso para retirá-la da cadeia sob a alegação de problemas de saúde.
"Verifico que a defesa não trouxe argumentos aptos a afastarem os fundamentos da decisão que decretou a prisão preventiva da ré, que se mantém íntegros na atualidade, não se comprovando nos autos excepcionalidade alguma que justifique sua revisão", frisou Moraes. O caso é julgado pelo plenário virtual e vai até 9 de agosto.