Venezuela

Maduro manda indireta a Lula: "Ninguém se meteu com o Brasil em 2022"

O venezuelano disse que nenhum país emitiu comunicados sobre o pleito brasileiro, apesar de o presidente à época, Jair Bolsonaro (PL), não reconhecer o resultado

 Venezuelan President Nicolas Maduro speaks to supporters during a rally in Caracas on August 3, 2024. Venezuela braced for fresh protests after President Nicolas Maduro's disputed election victory was ratified on the eve -- and a growing number of nations recognized his opposition rival as the true winner. (Photo by Pedro Rances Mattey / AFP)
       -  (crédito: Pedro Rances Mattey / AFP)
Venezuelan President Nicolas Maduro speaks to supporters during a rally in Caracas on August 3, 2024. Venezuela braced for fresh protests after President Nicolas Maduro's disputed election victory was ratified on the eve -- and a growing number of nations recognized his opposition rival as the true winner. (Photo by Pedro Rances Mattey / AFP) - (crédito: Pedro Rances Mattey / AFP)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, alfinetou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o não reconhecimento do brasileiro na vitória do venezuelano. Ele declarou que ninguém "se meteu com o Brasil" quando o petista derrotou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no pleito de 2022. A fala ocorreu na quarta-feira (28/8) durante evento que celebrou um mês das eleições venezuelanas.

Maduro fez críticas a Lula e a outros presidentes que criticam a falta de transparência do resultado e pedem a divulgação das atas eleitorais.

“No Brasil, houve eleições e o presidente Bolsonaro não reconheceu o resultado. Houve recurso no ‘Tribunal Supremo’ (TSE) do Brasil, que decidiu que os resultados eleitorais deram vitória a Lula. Santa palavra do Brasil. E quem se meteu com o Brasil? Ninguém. A Venezuela disse algo? Nós apenas dissemos que respeitamos as instituições brasileiras, e eles resolveram os problemas internamente, como deve ser”, disse Maduro.

O venezuelano afirmou que não houve comunicado sobre as eleições brasileiras, referindo-se aos comunicados emitidos por diversos países. O Brasil assinou uma série deles, apesar de adotar um tom mais brando do que nações como o Chile, Estados Unidos e Argentina.

Na semana passada, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) venezuelano reconheceu o resultado do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que deu a vitória a Maduro. A oposição, porém, aponta que os dois órgãos estão aparelhados pelo regime chavista, e defende a vitória do embaixador Edmundo González.

No sábado (24), Brasil e Colômbia emitiram um novo comunicado pedindo o fim da repressão e reiterando a solicitação das atas. Os documentos foram colocados sob sigilo pelo TSJ.

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postado em 29/08/2024 12:42
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