O ministro da Defesa, José Múcio, disse, nesta quarta-feira (28/8), que militares de alta patente não estão isentos de medidas disciplinares. O comentário foi uma referência ao nquérito aberto pelo Exército para investigar quatro coronéis que escreveram uma carta de cunho golpista, em 2022, para tentar impedir posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo Múcio, as Forças não podem trabalhar “sob a aura da suspeição”.
“Não é porque tem alta patente que (o militar) está livre, e que não tem obrigações com a disciplina das Forças Armadas. São militares de alta patente que resolveram estimular, digamos assim, o fracionamento do bom equilíbrio do Exército, e desestimular o trabalho”, disse, em coletiva após cerimônia que celebrou os 25 anos do Ministério da Defesa, no Clube do Exército.
“As Forças Armadas, para serem fortes, não podem trabalhar sob a aura da suspeição Tudo tem que ser esclarecido”, destacou o ministro.
Os quatro coronéis investigados foram identificados como autores de carta golpista divulgada por mensagens entre militares. São eles: os coronéis da ativa Alexandre Castilho Bitencourt da Silva e Anderson Lima de Moura, e os coronéis da reserva Carlos Giovani Delevafi Pasini e José Otávio Machado Rêzo Cardoso. O documento visava pressionar o alto comando do Exército a intervir no processo eleitoral — que derrotou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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