O secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, disse, nesta quarta-feira (28/8), que 99,9% dos incêndios no Brasil são fruto de ação humana. Segundo ele, não há justificativa da natureza que possa explicar as queimadas pelo país.
"Não houve raio e nem acidente de torres de alta tensão. Então, 99,9% dos incêndios foram iniciados por atividade humana mesmo. O ser humano por algum objetivo acha que o fogo resolve o problema dele, mas não tem ideia de que pode perder o controle", disse durante coletiva de imprensa.
De acordo com ele, outro possível fator que poderia contribuir para a ocorrência acidental de queimadas seria o acidente em Torres de alta tensão, o que também não ocorreu.
Até o momento, seis pessoas já foram presas pessos incêndios no interior de São Paulo. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), no entanto, acredita que a ação não foi orquestrada.
O responsável pelo Departamento de Controle do Desmatamento e Queimadas do Ministério do Meio Ambiente, Raoni Rajão, aponta a característica repentina e a distância entre os focos de incêndio tornam a ideia de ação coordenada um fator menos provável a ser considerado.
- Leia mais: Sexto suspeito de provocar incêndios florestais em SP é preso
- Leia mais: Governo federal suspeita de incêndios criminosos no país
Wolff informou que já 32 processos abertos para investigar as possíveis motivações por trás dos incêndios se comprovadas que foram provenientes de ações criminosas. “Quando a Polícia Federal acha que há alguma coisa de provocação humana, esse inquérito é aberto e o processo corre", disse.
Quando questionado sobre a demora em decretar estado de emergência, o secretário explicou que ainda resta a conclusão oficial de alguns pedidos dos municípios afetados para que o anúncio seja feito. Como o número de municípios que se declaram em estado de emergência tem aumentado, as informações levam mais tempo para serem completadas no sistema e concluídas pela Defesa Civil. “O reconhecimento federal só é feito quando solicitado pelo governo do estado”, afirmou.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br