O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou, nesta terça-feira (27/8), o papel a Telebras, estatal das telecomunicações, no crescimento do país. Segundo o petista, ela “não pode continuar sendo a empresa que é" e é preciso "fazer justiça à decisão de interromper a privatização".
“É preciso, de verdade, que a gente possa fazer da Telebras justiça da decisão que nós tomamos. Ou seja, ela não pode continuar sendo a empresa que é. Ela tem que ser melhor”, declarou o chefe do Executivo em visita ao Centro de Operações Espaciais Principal (Cope-P) da estatal.
“Se nós temos uma empresa com um potencial desse, o que a gente precisa é explorar esse potencial”, completou.
Lula visitou o centro que opera o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), acompanhado dos ministros Juscelino Filho (Comunicações), Rui Costa (Casa Civil), José Múcio (Defesa), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), Esther Dweck (Gestão e Inovação), do presidente da Telebras, Frederico de Siqueira Filho, e do comandante da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro do ar Marcelo Damasceno.
O satélite é usado para comunicações estratégicas do governo e das Forças Armadas. O presidente também assinou um contrato entre a Telebras e o Ministério do Trabalho e Emprego para fornecer internet e segurança cibernética para 409 agências da pasta em todo o país, no valor de R$ 153 milhões.
“Uma empresa como essa, aqui, é um garante de que a gente pode discutir inteligência artificial sem precisar ficar subordinado a apenas duas ou três nações que já estão na frente”, afirmou Lula. “O que falta nesse país são as autoridades do governo terem o mínimo de brio, o mínimo de orgulho de ser brasileiro e pensar um pouco nesse país”, disse.
Crítica às privatizações
Lula fez uma série de críticas às privatizações realizadas pelo governo de Jair Bolsonaro (PL). A Telebras e os Correios foram colocadas pela gestão anterior no rol de privatizações, mas retiradas pelo governo petista, no ano passado.
“No caso dos Correios e no caso da Telebras, nós chegamos ao cúmulo da ignorância de que essas duas empresas estavam praticamente proibidas de vender serviços aos Estados, mesmo que oferecessem serviços mais baratos. É a ignorância elevada à sétima potência”, ressaltou Lula.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br