Eleições de SP

Justiça determina que redes sociais de Pablo Marçal sejam tiradas do ar

A ação se refere a monetização de usuários que fazem "cortes de vídeos" do ex-coach. Marçal acumula mais de 13 milhões de seguidores apenas no Instagram

Pablo Marçal tem mais de 13 milhões de seguidores no Instagram, 2,6 milhões no TikTok e 340 mil no X -  (crédito:  Renato Pizzutto/Band)
Pablo Marçal tem mais de 13 milhões de seguidores no Instagram, 2,6 milhões no TikTok e 340 mil no X - (crédito: Renato Pizzutto/Band)

O juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz mandou suspender os perfis de Pablo Marçal (PRTB) no Instagram, Youtube, TikTok e X (o antigo Twitter) até a conclusão das eleições municipais de São Paulo. A decisão atende um pedido do PSB, partido da deputada Tabata Amaral, que disputa à prefeitura contra o ex-coach. 

A decisão ocorre devido ao método usado pela equipe de Pablo Marçal para a propagação de vídeos com cortes nas redes sociais. A campanha de Tabata afirma que o candidato do PRTB desenvolve uma "estratégia de cooptação de colaboradores para disseminação de seus conteúdos em redes sociais".

"Há indicativos que haja uma transposição de limites na conduta do requerido Pablo, no que respeita ao seu comportamento nitidamente comissivo de requerer, propagar e desafiar seguidores, curiosos, aventureiros, etc a disseminar sua imagem e dizeres por meio dos chamados 'cortes'. Para mais, saber se a monetização dos 'likes' obtidos nos sucessivos 'cortes', permitiriam o fomento ou indício de abuso de poder, no caso, de natureza econômica ou mesmo se há guarida para reconhecer o uso indevido da comunicação”, diz trecho da decisão. 

A decisão judicial tem efeito imediato, mas as redes sociais do candidato ainda continuam no ar. Pablo Marçal tem mais de 13 milhões de seguidores no Instagram, 2,6 milhões no TikTok e 340 mil no X.

O juiz também proibiu o ex-coach de remunerar “pessoalmente ou por interpostas pessoas” os usuários que cortam os vídeos usados na campanha de Marçal à prefeitura de SP. “Destaco que não se está, nesta decisão, a se tolher a criação de perfis para propaganda eleitoral do candidato requerido, mas apenas suspender aqueles que buscaram a monetização dos ‘cortes’ por meio de terceiros interessados”.

Pelo Instagram, Marçal comentou a decisão. “Uma liminar vai derrubar as minhas redes sociais. Vocês não dão conta de ganhar no voto, o povo já cansou de vocês, vocês são canalhas”, diz. “Vai custar mais caro e (a vitória) vai ser no primeiro turno. Vamos ter mais votos que todos os outros candidatos juntos”, completou.



 

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postado em 24/08/2024 11:27 / atualizado em 24/08/2024 11:27
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