A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta sexta-feira (16), o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, e Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Ambos são acusados de se articularem para impedir o deslocamento de eleitores durante a votação nas eleições de 2022. A investigação será enviada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Além deles, de acordo com fontes na PF ouvidas pelo Correio, outros quatro policiais federais foram indiciados. Alfredo de Souza Lima Coelho Carrijo, Fernando de Sousa Oliveira, Leo Garrido de Salles Meira e Marília Ferreira de Alencar são acusados de crime com base no artigo 359-P do Código Penal, que define como crime "restringir, impedir ou dificultar, com emprego de violência física, sexual ou psicológica, o exercício de direitos políticos a qualquer pessoa em razão de seu sexo, raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional:
A ação ocorreu no segundo turno das eleições, quando blitzes da PRF foram mobilizadas em estados do Nordeste, que, de acordo com as investigações, ocorreram para tentar impedir a chegada de eleitores até as sessões de votação. Mesmo com a repercussão na imprensa na ocasião e denúncia de eleitores pelas redes sociais, o comando da corporação não determinou o fim das barreiras.
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No entanto, a liberação das estradas ocorreu após o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na época ameaçar prender todos os envolvidos. Anderson Torres e Silvinei chegaram a ser presos por acusações de envolvimento com os atentados de 8 de janeiro - quando extremistas invadiram as sedes dos três poderes e depredaram prédios públicos em Brasília.
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