O presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou nesta sexta-feira (16/8) sobre o câncer na garganta que enfrentou em 2012. Ele discursou sobre a doença na inauguração do Centro de Oncologia e Hematologia do Grupo Hospitalar Conceição, em Porto Alegre.
O petista relatou que fez 33 sessões de radioterapia durante seu tratamento, e que sentia muita dor. Porém, disse estar feliz por ter sobrevivido ao câncer. Há cerca de 12 anos, o presidente se curou da doença.
"Eu aprendi com meus dois oncologistas, que diziam para mim: 'ô presidente, você vai descobrir uma coisa. Tem duas partes do corpo em que a radioterapia mais afeta a pessoa, porque são partes que se manifestam sem a gente perceber quando a gente está com saúde'. Eu perguntei quais são as partes, eles disseram que primeiro, a garganta, e segundo, o reto", contou o presidente.
"Doía, e eu quero dizer para vocês: eu tinha dificuldade de tomar água. Ao mesmo tempo, eu estou feliz que estou aqui. Vivo", acrescentou o chefe do Executivo.
O centro de oncologia e hematologia inaugurado em Porto Alegre contou com R$ 144 milhões em investimentos do governo federal. O local permitirá a realização de radioterapia no local, sem necessidade de transferir pacientes, e aumentará a área de atendimento a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que precisam de transplante de medula óssea.
Saiba como foi o tratamento enfrentado por Lula
O petista desenvolveu um câncer na laringe, anunciado em 27 de outubro de 2011. O tumor foi classificado com agressividade média, mas encontrado em seu estágio inicial de desenvolvimento. Ele passou por três sessões de quimioterapia até dezembro daquele ano, que reduziram em cerca de 75% o tamanho do tumor.
Em janeiro de 2012, ele começou com as sessões de radioterapia. E foi considerado curado da doença pelos médicos naquele ano. Em 2013, fez novo exame que confirmou a ausência do tumor. O tratamento ocorreu no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Dez anos após a cura, em 2022, Lula teve que passar por uma cirurgia para remover uma leucoplasia da garganta, em local próximo em que o câncer se desenvolveu. As doenças, porém, não estão relacionadas, e o exame não encontrou sinais de tumores.
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