O senador e ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil-PR) afirmou nesta quinta-feira, 15, que não há comparação entre o vazamento de mensagens que o envolveram - conhecido como "Vaza Jato" - e as recentes trocas de mensagens relacionadas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, reveladas pelo jornal Folha de S. Paulo.
Moro criticou a "Vaza Jato", que divulgou conversas entre ele e então o coordenador da força-tarefa de Curitiba, o ex-procurador Deltan Dallagnol, após uma invasão hacker. Para o senador, a série de reportagens sobre ele "foi uma farsa utilizada para anulação de condenações de corruptos, alguns até confessos. Nenhum inocente incriminado, nenhuma prova fraudada".
Em seu perfil no X (antigo Twitter), Moro disse que "apesar dos hipócritas, não há comparações possíveis até porque o objeto dos processos é diferente". O parlamentar não mencionou o ministro nominalmente.
As conversas expostas pela "Vaza Jato" mostrariam que Moro teria orientado investigações da Lava Jato ao sugerir mudança da ordem de fases da operação, dar conselhos, fornecer pistas e antecipar uma decisão a Deltan Dallagnol. Os membros da Lava Jato nunca reconheceram a autenticidade das mensagens.
Com a publicação da série de reportagens pelo Intercept Brasil, várias decisões de Moro na Operação Lava Jato foram revistas e anuladas, dada a suposta parcialidade do juiz nos processos.
Políticos da oposição têm suscitado que o mesmo possa ocorrer com as decisões de Moraes no inquérito das fake news e dos atos antidemocráticos, além de poder destituir o ministro do cargo. "O que defendo é a eliminação dos excessos, como as penas exageradas dos manifestantes de 8/1", disse Moro.
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