O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, prestem esclarecimentos, em até 48 horas, sobre um “eventual descumprimento” da proibição de manter contato. Eles foram denunciados por suspeita de crimes contra o Estado democrático de direito e associação criminosa no inquérito sobre atos golpistas de 8 de janeiro e, desde então, estão proibidos de estabelecer comunicação.
Segundo Moraes, “embora devidamente cientes acerca da proibição de manterem contato”, Bolsonaro e Valdemar estiveram na convenção do MDB, no último sábado (3/8), quando foi oficializada a candidatura de Ricardo Nunes à reeleição à Prefeitura de São Paulo. Além deles, também estavam no evento: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Michele Bolsonaro e outros pré-candidatos a vereador pelo PL.
Valdemar Costa Neto foi denunciado após afirmar que “todo mundo” tinha propostas de golpe de Estado em casa. Em 8 de fevereiro, durante a Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, Moraes proibiu o contato entre os investigados.
A medida cautelar foi ratificada na decisão de soltura do presidente do PL dois dias depois, após ele ser preso por posse ilegal de arma de fogo. Ao todo, foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão.
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