A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) acionou a Justiça contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Marcos do Val (Podemos - ES) após ataques diretos à corporação nos últimos meses. A ofensiva foi decidida por ampla maioria dos associados durante a assembleia extraordinária realizada nessa segunda-feira (5/8).
Os parlamentares vão responder às representações no Conselho de Ética da Câmara e do Senado por quebra de decoro, além de um pedido de indenização por danos morais. A ADPF também deve pedir uma investigação contra o senador na Procuradoria-Geral da República.
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro chegou a se referir à PF como “cachorrinhos de Moraes”, em alusão a uma suposta subserviência da corporação ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
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Do Val tem usado suas redes para fazer ataques diretos contra o delegado federal Fábio Alvarez Shor. O senador, que já é investigado por outras acusações, como o inquérito das jóias sauditas, afirmou que Fábio é “capataz” de Alexandre de Moraes e publicou uma foto de Shor com o cartaz de “procurado”. Os ataques são uma alusão à relação de Shor e Moraes, o delegado é responsável por investigações da PF que também são da relatoria do ministro.
Na publicação, Do Val ainda incita apoiadores do ex-presidente e menciona Short como “executor das ordens ilegais de Alexandre de Moraes”. À época, a ADPF divulgou uma nota de repúdio contra os ataques: "A ADPF tem um longo histórico na defesa das prerrogativas funcionais dos delegados federais. Tornou-se mais que necessário dar uma resposta contra os ataques desenfreados e infundados contra a PF e os Delegados Federais”. Assina a nota Luciano Leiro, presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal.
*Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer
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