VENEZUELA

Militares estão "à disposição" para atuar na Venezuela, diz Múcio

A possibilidade de reforçar a segurança em embaixadas surge em meio ao aumento da tensão dos últimos dias, após o conselho eleitoral declarar Nicolás Maduro reeleito

Segundo Múcio, o embarque da tropa para a Venezuela depende de solicitação do Itamaraty -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
Segundo Múcio, o embarque da tropa para a Venezuela depende de solicitação do Itamaraty - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que militares das Forças Armadas do Brasil estão “à disposição” para proteger embaixadas na Venezuela. Segundo o chefe da pasta, o embarque da tropa depende de solicitação do Itamaraty. A informação é da CNN.

A possibilidade de reforçar a segurança nas representações surge em meio ao aumento da tensão dos últimos dias, após o presidente Nicolás Maduro ser declarado reeleito. Em concordância com a oposição, outros países questionam a vitória do político e alegam fraude no processo eleitoral.

O embarque da tropa, no entanto, depende de avaliação de necessidade e pedido do Itamaraty. Ainda assim, caso se decida pelo envio, é preciso solicitar autorização do governo venezuelano.

Ainda segundo a CNN, na quinta-feira (1º/8), Múcio esteve com o chanceler Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, para tratar do assunto.

As embaixadas da Argentina e do Peru já pediram o apoio brasileiro na proteção de diplomatas e das delegações após Maduro determinar a expulsão do corpo diplomático de sete países da América Latina. Se enviados, os militares também devem atuar na proteção das embaixadas desses países.

Além das embaixadas, há uma preocupação com a fronteira do Brasil com a Venezuela. Múcio, entretanto, afirmou ainda nesta sexta-feira (2/8) que a situação está controlada, sem necessidade de reforços militares. “Está controlada”, disse o ministro à CNN. “Desde o episódio de Essequibo, as fronteiras estão reforçadas”, acrescentou.

Múcio avalia ainda que a instabilidade política deve diminuir o impulso expansionista de Maduro e frear uma eventual ofensiva contra a Guiana.

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Jéssica Andrade - Especial para o Correio
postado em 04/08/2024 11:56
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