O presidente da Argentina, Javier Milei, agradeceu ao Brasil, nesta quinta-feira (1°/8), por custodiar as embaixadas do país e do Peru na Venezuela. Presidente reeleito, Nicolás Maduro determinou a expulsão da Venezuela do corpo diplomático de sete países da América Lartina.
“Agradeço enormemente a disposição do Brasil em assumir a custódia da Embaixada da Argentina na Venezuela. Agradecemos também a representação momentânea dos interesses da República Argentina e dos seus cidadãos ali. Hoje o corpo diplomático argentino teve que deixar a Venezuela em retaliação do ditador Maduro pela nossa condenação da fraude que perpetraram no domingo passado”, escreveu Milei no (antigo Twitter), sem citar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O presidente argentino visitou em Brasil em julho para participar de encontro com conservadores em Santa Catarina, mas ignorou protocolo dos chefes de Estado ao não se encontrar com Lula durante estadia no país.
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Na publicação de hoje, o líder argentino disse acreditar que, em breve, a embaixada poderá ser reaberta “numa Venezuela livre e democrática”. “Os laços de amizade que unem a Argentina ao Brasil são muito fortes e históricos. A Venezuela respeitará, portanto, as disposições da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas e da Convenção de Viena sobre Relações Consulares”, finalizou.
AGRADECIMIENTO A BRASIL
Agradezco enormemente la disposición de Brasil a hacerse cargo de la custodia de la Embajada argentina en Venezuela. También agradecemos la representación momentánea de los intereses de la República Argentina y sus ciudadanos allí.
Hoy el personal…— Javier Milei (@JMilei) August 1, 2024
O Brasil assumiu a embaixada da Argentina a pedido do governo de Milei e a articulação foi feita pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, juntamente com o embaixador brasileiro em Buenos Aires, Julio Bitelli, e a chanceler argentina Diana Mondino.
Maduro expulsou, ainda, os representantes diplomáticos de Costa Rica, Chile, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai por contestarem a vitória declarada de Maduro, após a eleição do último domingo (28/7). Na ocasião, o chanceler venezuelano, Yvan Gil, afirmou que esses países estariam submetidos aos Estados Unidos e comprometidos com o “fascismo internacional”.
O governo brasileiro tem mantido cautela e o Itamaraty disse que aguardaria a divulgação dos dados do pleito para tomar uma posição em relação à Venezuela, e citou “o caráter pacífico da jornada eleitoral” no país.
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