O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou, nesta sexta-feira (26/7), a morte do artista pernambucano J.Borges. O petista exaltou o legado do xilogravurista e lembrou que presenteou o Papa Francisco com uma obra dele.
"Nos despedimos hoje de José Francisco Borges, o J. Borges, um dos maiores xilogravuristas do país. Autodidata, começou a trabalhar muito cedo no agreste pernambucano. Fiquei muito feliz de poder levar sua arte até o Papa. Meus sentimentos aos familiares, amigos e admiradores deste grande artista do nosso país", disse Lula.
O Banco do Brasil também emitiu nota de pesar e informou que J. Borges levou a cultura de Pernambuco e do Nordeste para os quatro cantos do mundo, obtendo reconhecimento internacional. "Durante a sua vida, J. Borges nos entregou o seu coração através da sua arte de diversas formas. No Coração da Poesia, ele disse que "o coração é um órgão que trabalha noite e dia, uma hora traz desgosto outra traz muita alegria, é quem inspira o poeta e de onde sai poesia." (Veja nota na íntegra no final da matéria).
O artista e poeta J.Borges morreu na manhã desta sexta, aos 88 anos. Ícone da xilogravura, ele morava em Bezerros, no Pernambuco. O velório de J. Borges está marcado para a tarde desta sexta-feira (26/7) no Centro de Artesanato de Pernambuco. O sepultamento será no sábado, no Cemitério Parque dos Eucaliptos.
Segundo o governo de Pernambuco, o artista nasceu no Sítio Piroca, zona rural de Bezerros, município do Agreste Central, no dia 20 de dezembro de 1935, e foi por meio das histórias contadas na hora de dormir pelo pai, o agricultor Joaquim Francisco Borges, que José Francisco Borges, o mestre J. Borges, entrou para a poesia de cordel.
Em 1964, estimulado pelo poeta e amigo Olegário Fernandes, o pernambucano escreveu o primeiro folheto, O Encontro de Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina, com capa ilustrada pelo mestre cordelista e xilogravurista José Soares da Silva, conhecido como Dila.
A xilogravura produzida por J.Borges ganhou projeção a partir dos anos 1970, quando os artistas plásticos José Maria de Souza e Ivan Marquetti encomendaram as primeiras gravuras em grande formato, tendo como temática o folclore nordestino.
Ao longo de mais de 50 anos de trajetória artística, J.Borges produziu 314 folhetos de cordel e um número incalculável de xilogravuras já expostas em diversos museus, como o Louvre, na França, o de Arte Popular do Novo México, em Santa Fé (EUA), o de Arte Moderna de Nova York e a biblioteca do Congresso norte-americano, em Washington.
Nota do Banco do Brasil
O Banco do Brasil lamenta o falecimento do artista J. Borges. Com sua arte, levou a cultura de Pernambuco e do Nordeste para os quatro cantos, com reconhecimentos nacionais e internacionais.
Durante a sua vida, J. Borges nos entregou o seu coração através da sua arte de diversas formas. No Coração da Poesia, ele disse que "o coração é um órgão que trabalha noite e dia, uma hora traz desgosto outra traz muita alegria, é quem inspira o poeta e de onde sai poesia."
No BB, J.Borges foi reconhecido em exposições em seus Centros Culturais no Rio, Brasília, São Paulo e Belo Horizonte. Sua arte e da sua família também estão expostas no .BB, inaugurado no último mês de março no Recife Antigo. Com a obra o "Coração na Mão", ele presenteou o seu coração aos nordestinos e ao mundo, por exemplo. Bacaro e Pablo, nossos mais profundos sentimentos. Vocês são o legado do Mestre que estará para sempre em nossos corações.
Como apoiador e incentivador da cultura e diversidade brasileiras, o Banco do Brasil se solidariza à dor da família com as mais sinceras condolências neste momento de grande perda
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