Eleições municipais

Boulos cobra rapidez do TSE para lidar com fake news nas eleições

O candidato à prefeitura de São Paulo se encontrou, nesta quarta-feira (24/7), com a presidente da Corte Eleitoral, Cármen Lúcia

Candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol) se encontrou com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, nesta quarta-feira (24/7), para tratar sobre fake news durante as eleições municipais, marcadas para outubro.

O deputado avaliou que a Justiça Eleitoral deve agir com “senso de urgência” em situações que possam demandar a retirada de conteúdos falsos da internet. Para ele, uma estratégia seria criar uma espécie de repositório de entendimentos jurídicos sobre o tema que possam orientar medidas durante o período eleitoral.

“O que estamos conversando com o Tribunal é uma agilidade de resposta. Quando se colocam conteúdos que contém mentiras, ofensa à honra, fake news, o estrago que pode ser feito se esse conteúdo fica uma semana no ar. (...) Aí depois vai dizer que era mentira e retira, mas aí o estrago já está feito”, pontuou Boulos.

Segundo o candidato, a magistrada apontou que o repositório deve ser apresentado pelo TSE em agosto, quando as campanhas iniciam oficialmente. Os materiais de campanha podem iniciar veiculação a partir do dia 16, quando os candidatos também poderão pedir votos.

Boulos afirmou, no entanto, que não foi abordado, durante o encontro, sobre o prazo para que conteúdos falsos sejam retirados do ar, mas que a ministra “mostrou o que está construindo nessa perspectiva do repositório, a mesma preocupação com a agilidade e que a mentira não prejudique o processo eleitoral”.

Resposta a Ricardo Nunes 

Boulos também reagiu aos comentários do candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB), que o chamou de “invasor”, "vagabundo" e "sem vergonha", na segunda-feira (22). 

Para o psolista, Nunes acaba por ser “o porta-voz dessas fake news”, o que “estimula” que notícias falsas sejam disseminadas anonimamente. “Eleição com mentira, lamentavelmente nós estamos vivenciado por parte da extrema-direita, em especial no Brasil, desde 2018. A questão é que agora, será a primeira com tecnologia de inteligência artificial.”

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