A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra Débora Rodrigues dos Santos, que foi flagrada escrevendo a frase "perdeu mané" na Estátua da Justiça, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na tentativa de golpe de Estado dos bolsonaristas em 8 de janeiro de 2023. Ela faz parte se um grupo de mais de 1,3 mil pessoas que foram identificadas pelas autoridades policiais.
Débora foi flagrada por fotógrafos que realizavam a cobertura da invasão às sedes dos Três Poderes e está presa desde 31 de março do ano passado. O vandalismo pelo qual ela é apontada também aparece em imagens difundidas pelas redes sociais. A estátua foi submetida a limpeza para remover a tinta usada para escrever a frase com a qual o atual presidente do STF, Luís Roberto Barroso, respondeu à provocação de um bolsonarista, quando chegava para um evento, em Nova York, em 15 de novembro 2022.
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Débora foi detida em Paulínia (SP), na oitava fase da Operação Lesa-Pátria, desfechada pela Polícia Federal (PF) para investigar os crimes cometidos em 8 de janeiro. A denúncia foi apresentada em 2 de julho e está sob sigilo. Ela é acusada de associação criminosa armada; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.
A PGR pede condenação de Débora e afirma que existem provas suficientes contra ela. Por meio de nota, a defesa afirmou que a prisão de 480 dias "extrapola todos os prazos sem qualquer justificativa plausível" e argumenta que a transferência dela para o presídio de Tremembé (SP) "fere de morte a proteção integral da criança, visto que Débora tem dois filhos menores". O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes e caso o Supremo aceite a denúncia, ela se tornará ré.
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