O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (16/7) que o governo não é obrigado a cumprir a meta fiscal, mas garantiu que fará o que for necessário. “Seriedade fiscal eu tenho mais do que quem dá palpite nessa área”, garantiu o petista.
Questionado se o governo mudará a meta para não ficar refém, Lula afirmou que isso é apenas “uma questão de visão”, e que o governo não é obrigado a estabelecer a meta e cumpri-la se tiver coisas mais importante para fazer.
“Esse país é muito grande, é muito poderoso, o que é pequeno é a cabeça dos dirigentes desse país e a cabeça de alguns especuladores. Esse país não tem nenhum problema se é deficit zero, sé é deficit 0,1%, 0,2%, o que é importante é que o país esteja crescendo, que a economia esteja crescendo, que o salário esteja crescendo”, reforçou em entrevista à TV Record.
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O chefe do Executivo garantiu, porém, que a meta zero "não está rejeitada". "Nós vamos fazer o necessário para cumprir o arcabouço fiscal", e prometeu que o país "terá previsibilidade".
"Ninguém será pego de surpresa com as coisas que queremos fazer, porque será feito ao meio-dia, não à meia-noite, e com todo mundo assistindo."
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Previdência e mínimo
Lula também rejeitou qualquer desvinculação dos benefícios previdenciários do salário-mínimo. “Quando alguém fala o seguinte: 'o presidente Lula precisava desvincular o mínimo da Previdência Social'. O mínimo já diz, é o mínimo, não tem nada mais baixo que o mínimo”, frisou o petista.
O presidente ainda falou que aprendeu com a mãe, Dona Lindu, que não se deve gastar mais do que se tem, mas destacou que não é “marinheiro de primeira viagem”.
“É que nem tudo que eles tratam como gasto, eu trato como gasto. Às vezes, fico irritado porque eu não sou marinheiro de primeira viagem. Eu sou o presidente da República mais longevo deste país depois de Getulio Vargas e Dom Pedro II. Eu tenho experiência de administração bem-sucedida”, comentou.
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