O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta segunda-feira (15), no Palácio do Itamaraty que qualquer manifestação antidemocrática deve ser repudiada. A posição é uma referência à tentativa de assassinato contra o ex-presidente, e candidato à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, no último sábado (13/7), durante um comício para a corrida presidencial em Butler, na Pensilvânia.
"Eu acho que a gente não pode ter dúvida de condenar qualquer manifestação antidemocrática em qualquer lugar do mundo. Seja pela direita, seja pela esquerda. Ninguém tem o direito de atirar numa pessoa porque não concorda com ele", disse.
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A declaração a jornalistas aconteceu no Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, onde aguardava o presidente italiano, Sergio Mattarella, para um almoço com o líder europeu. Lula ainda criticou o caminho da violência.
"Se tudo vai ser na base da bordoada, na base da violência, na base do murro, na base do tiro, na base da faca, para onde vai a democracia? E como eu sou um defensor da democracia, acho que nós temos que condenar", apontou o presidente.
Mas Lula não quis opinar se o atentado contra Trump pode favorecer o republicano na corrida pela Casa Branca – sede do governo norte-americano – ou a outros líderes da extrema-direita, como o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL).
"Não sei se vai fortalecer alguém, isso empobrece a democracia. Ao invés de a gente ficar analisando se alguém ganha ou perde com isso, temos que ter certeza de que a democracia perde. Os valores do diálogo, do argumento, de sentar-se em uma mesa da forma mais diplomática para encontrar soluções para os problemas", respondeu antes de receber Mattarella e seguir para o almoço de Estado.
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