Investigação

Uso ilegal da Abin é criminoso e fragiliza democracia, diz Pacheco

Segundo a Polícia Federal (PF), deputados, ministros do Supremo e membros da imprensa eram monitorados ilegalmente

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reagiu, nesta quinta-feira (11/7), às revelações da Polícia Federal (PF) que constatam um esquema de monitoramento ilegal montado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Entre os espionados estão membros da imprensa, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), bem como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

“Contaminar a Agência Brasileira de Inteligência com ações político-partidárias e se utilizar do aparato estatal para espionar e perseguir parlamentares legitimamente eleitos é ato criminoso, que fragiliza não somente a instituição, mas a democracia e a soberania do país”, disse Pacheco em nota.

Além de Lira, a PF aponta que os deputados Kim Kataguiri (União-SP) e os então deputados Rodrigo Maia (PSDB-RJ), ex-presidente da Câmara, e Joice Hasselmann (Podemos-SP), também foram monitorados.

As investigações indicam que as jornalistas Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, e Vera Magalhães, apresentadora da TV Cultura, foram alvos. Além delas, a jornalista e pesquisadora Luiza Alves Bandeira foi vigiada de perto com uso do software israelense Frist Mile. Luiza foi alvo por integrar uma entidade de segurança digital que monitorava avanço da extrema-direita na rede e acusava o compartilhamento de informações falsas sobre as eleições e outros temas.

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