Investigação

Carlos Bolsonaro critica operação contra Abin Paralela: 'Venezuela pulsante'

Vereador é apontado como peça-chave da investigação sobre o uso ilegal da Agência Brasileira de Inteligência para espionar adversários

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) reagiu à investigação da Polícia Federal sobre a "Abin paralela", que apura uso da Agência Brasileira de Inteligência para espionagem ilegal durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Por meio das redes sociais, nesta quinta-feira (11/7), o filho do ex-presidente comparou o Brasil à Venezuela e disse que a “imprensa militante” quer acobertar “os escândalos” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

“Pronto. Tuuuuuudo de novo e vamos de controle da Nasa, bilhões para comprar aparelho de GPS e mais 10 trilhões para comprar uma pasta de dente. Só tabelar com a imprensa militante e abafa todos os escândalos do Lula de novo”, disse via X (antigo Twitter).

“Enquanto isso o tal ‘gabinete da ousadia’ comprovadamente do ódio para atacar adversários e com esquemas de ligações com dinheiro público…. A Venezuela segue pulsante”, completou o vereador. 

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Segundo  a Polícia Federal, Carlos Bolsonaro é peça-chave na investigação da Abin paralela. A corporação aponta que os envolvidos combinaram de marcar o vereador em postagens nas redes sociais com fake news que miravam adversários políticos.

A PF interceptou diálogos em que os investigados acertaram de marcar Carlos Bolsonaro em publicações que atacavam o senador Alessandro Vieira (MDB-SE). "Vamos difundir isto. Pede pra marcar o CB (CARLOS BOLSONARO)”, escreveu o agente da PF Marcelo Araújo Bormevet, que estava cedido para a Abin na época. 

A mensagem foi respondida por Giancarlo Gomes Rodrigues, do Exército e que também estava cedido para a agência. “Já estou municiando o pessoal", disse. 

Hoje, foi realizada a 4ª fase da Operação Última Milha, que visa desarticular organização criminosa criada para o monitoramento ilegal de críticos ao governo Bolsonaro com produção de notícias falsas e utilizando-se de sistemas da Abin.

O vereador Carlos Bolsonaro já havia sido alvo de busca e apreensão da PF na fase anterior. A suspeita é de que assessores dele pediam informações para o ex-diretor da Abin e hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) — que é próximo da família Bolsonaro. 


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