Segundo dados da pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 10, a aprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi de 54% dos eleitores entrevistados. Além de indicar um aumento real do índice, superando a margem de erro do levantamento, o patamar é a melhor métrica obtida pelo petista em 2024.
A desaprovação ao trabalho de Lula, por sua vez, está em baixa, recuando quatro pontos porcentuais desde a última pesquisa, marcando 43%. A melhora nos índices de avaliação da gestão federal foi alavancada pelo aumento da aprovação entre segmentos específicos, como os detentores de renda familiar de até dois salários mínimos, os moradores da região sudeste e a faixa etária dos 35 aos 59 anos.
O instituto compilou 2.000 entrevistas presenciais com eleitores de 16 anos ou mais entre os dias 5 e 8 de julho. A margem de erro é de dois pontos porcentuais e o índice de confiança é de 95%.
Perfil da amostragem
A amostragem da pesquisa é definida com base em projeções demográficas, ou seja, estimam o perfil da população brasileira. Em determinados cruzamentos por sexo, gênero, renda familiar e localidade geográfica, o aumento ou recuo dos índices foi substancial, indicando que, nestes grupos, houve uma movimentação dos dados suficiente para alavancar o patamar geral.
Os eleitores que ganham até dois salários mínimos representam 30% da amostragem da pesquisa. Neste grupo, a aprovação a Lula subiu de 62% para 69%, enquanto a desaprovação recuou de 35% para 26%.
Entre o eleitorado do sudeste, que corresponde a 42% da amostragem, também houve melhora na margem de aprovação a Lula. Em maio de 2024, eram 55% os eleitores deste segmento que desaprovavam o petista, ante 42% de apoiadores. A desaprovação reduziu sete pontos percentuais, indo a 48%, enquanto a aprovação subiu seis pontos, igualando o índice.
Já a faixa etária entre 35 e 59 anos representa 43% da amostragem utilizada pela Quaest. Entre os eleitores deste segmento, 56% aprovam o trabalho de Lula, ante aos 50% do levantamento anterior. A desaprovação, de 41%, é sete pontos porcentuais menor do que o índice registrado há três meses.
Entre os evangélicos, a reprovação à gestão federal continua maior do que o patamar de aprovação: são 52% os que rejeitam o mandato de Lula, ante 42% que o avaliam positivamente. A margem de dez pontos porcentuais, contudo, está nove pontos porcentuais menor do que a registrada em maio, quando 58% rejeitavam Lula e 39% o aprovavam. O eleitorado evangélico responde por 30% da amostragem da pesquisa.