O vice-presidente, Geraldo Alckmin, que está no exercício da Presidência em função da agenda de Luiz Inácio Lula da Silva na Bolívia, disse que as provocações do presidente da Argentina, Javier Milei, não afetarão as relações comerciais entre o Brasil e a Argentina.
“Não afeta, são relações de Estado. O mau gosto do Milei é assunto dele, nós temos que fortalecer as relações de Estado”, declarou Alckmin, logo após a abertura do evento do Sebrae, Transformar Juntos, em Brasília, nesta terça-feira (9/7).
Lula e Milei ainda não se encontraram em uma reunião bilateral desde a posse do argentino, que decidiu não participar do encontro de cúpula do Mercosul ontem (8) em Assunção, no Paraguai.
Dólar
Sobre a economia nacional, o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços apontou que entende que o "mercado é estressado" mas que não há razões para a subida na cotação do dólar, que, com a disparada da semana passada, chegou a R$ 5,70, mas recuou para um patamar abaixo dos R$ 5,50 esta semana.
"O câmbio é flutuante, do mesmo jeito que subiu, ele reduziu. Tem oscilações e deve ser flutuante mesmo. Acredito que vai cair mais, a tendência é que caia mais. É que o mercado está estressado, mas não tem nenhuma razão para ter ido ao patamar que foi. A tendência é que ele caia", enfatizou.
Em relação à taxa de juros, o vice-presidente voltou a criticar o nível da Selic estabelecido pelo Banco Central e disse não haver razão para o Brasil ter a segunda maior taxa de juros real no mundo.
"Os juros estão altos, mas tenho confiança de que vão cair. Não há razão para você ter a segunda maior taxa de juros do mundo. O primeiro é a Rússia que está em guerra. Ter a segunda maior taxa de juros do mundo, não tem razão disso. Temos confiança de que isso é transitório, a tendência dos juros é cair", frisou.