A União dos Profissionais de Inteligência de Estado da ABIN (Intelis) criticou a indicação do novo corregedor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O policial federal José Fernando Moraes Chuy foi indicado para substituir Lidiane Souza dos Santos. A Intelis afirma apontou que a troca causa “estranheza” uma vez que “as autoridades que possuem investigação em curso sobre a estrutura paralela que parasitou a ABIN expressam a total cooperação da corregedoria do órgão no caso”. Lidiane foi indicada em 2022 pelo então diretor Victor Carneiro, apontado como um nome próximo a Alexandre Ramagem.
Segundo o comunicado, a escolha é um “desprestígio aos servidores da ABIN por parte de sua Direção-Geral”, já que o indicado não faz parte do quadro de funcionários do órgão”. A associação também acusa a direção de uma possível violação do “princípio da impessoalidade”. “O indicado também não possui experiência em matéria correcional e nem em legislação afeita à Inteligência de Estado, o que levanta a necessidade de justificativa para o que parece violar o princípio da impessoalidade”, alega a crítica.
O texto afirma ainda que os servidores temem “eventuais desvios de finalidade, perseguições ou parcialidade” e pede que, caso a diretoria não encontre um sucessor ao cargo dentro do quadro da Agência, indique alguém da Controladoria-Geral da União (CGU).
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Caso Chuy seja formalmente nomeado, o servidor deve assumir a função em 31 de agosto para um mandato de dois anos. Apontado como aliado do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o policial comandou a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante o comando do magistrado.
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