PÓS-LAVA-JATO

CGU e Petrobras firmam acordo de combate à corrupção

Iniciativa ocorre três anos após o fim da operação Lava-Jato, que mirou desvios nos cofres da estatal

 O lucro remanescente da empresa está avaliado em R$ 43,9 bilhões -  (crédito:  Fernando Frazão/Agencia Brasil)
O lucro remanescente da empresa está avaliado em R$ 43,9 bilhões - (crédito: Fernando Frazão/Agencia Brasil)

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques, e a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, assinaram um acordo de combate à corrupção e de prevenção de práticas ilícitas. A decisão de propor o acordo partiu da própria estatal de petróleo, que procurou o governo para colocar a medida em prática.

A iniciativa da Petrobras ocorre três anos após o fim da operação Lava-Jato, que descobriu um gigantesco esquema de corrupção, fraudes em contratos e desvios de dinheiro montado nos cofres da empresa. Nos termos do acordo está a condição de que a Petrobras envie a CGU informações sobre movimentações financeiras, contratos e outros dados.

Em troca, receberá consultoria técnica e tecnologias de compliance, para melhorar os procedimentos de combate a atos de corrupção e fraudes. O esquema investigado pela Lava-Jato gerou desvios de R$ 18 bilhões, de acordo com dados do Tribunal de Contas da União (TCU). Atualizado, este valor representa perdas de R$ 23 bilhões.

"A colaboração entre a Petrobras e a CGU representa um marco significativo na luta contra a corrupção, destacando o compromisso da estatal em aprimorar seus mecanismos de controle. Esse acordo estabelece um passo importante na busca por uma governança mais robusta, pela integridade nas operações da estatal e pelo compromisso com a melhoria contínua dos processos e confiança dos stakeholders.", afirmou o ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, em relação ao acordo.

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postado em 30/07/2024 13:17 / atualizado em 30/07/2024 13:17
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