ELEIÇÕES

Bolsonaro critica relação de Lula com Maduro e ironiza ida de Amorim à Venezuela

Bolsonaro também ironizou o envio por Lula do assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Celso Amorim à Venezuela e acrescentou que o Brasil deve "ser o primeiro país a reconhecer a "lisura" na "justa" vitória de Maduro

Bolsonaro afirmou que
Bolsonaro afirmou que "Maduro e Lula, são mais que parceiros e amigos, são inseparáveis na busca do socialismo para toda a América do Sul" - (crédito: EBC)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) alfinetou, neste sábado (27/7), a proximidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com Nicolás Maduro horas antes das eleições presidenciais venezuelanas que ocorrem neste domingo (28). Por meio das redes sociais, Bolsonaro afirmou que "Maduro e Lula, são mais que parceiros e amigos, são inseparáveis na busca do socialismo para toda a América do Sul".

Sem provas e fazendo alusão ao "Carnet de La Pátria", disse ainda que "as milícias batem à porta das casas dos eleitores e os conduzem às seções eleitorais". "Não tem voto secreto na Venezuela. O eleitor possui uma caderneta chamada de "Tarjeta de La Pátria", tipo Bolsa-Família. Para se receber uma anêmica cesta básica por mês tem-se que votar no Maduro ou morre de fome", alegou.

No último dia 17, Maduro afirmou que haveria um "banho de sangue" e uma "guerra civil" caso perdesse nas urnas. Na ocasião, o petista tomou uma posição mais dura contra o aliado e disse ter ficado assustado com a declaração. "Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora", disse Lula. 

Já Maduro rebateu e reforçou o posicionamento e recomendou "um chá de camomila". O estremecimento da relação com Lula envolve ainda críticas de Maduro ao sistema eleitoral brasileiro, o qual acusou falsamente de não ser auditado ou confiável. Segundo ele, "no Brasil nem um único boletim de urna é auditado". E acrescentou: "Temos o melhor sistema eleitoral do mundo”. Como reação, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cancelou o envio de observadores internacionais, que iriam a Caracas também acompanhar a votação.

Bolsonaro também ironizou o envio por Lula do assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Celso Amorim, à Venezuela para observar o pleito eleitoral local, o qual chamou de "nano-diplomata". E acrescentou que o Brasil deve "ser o primeiro país a reconhecer a "lisura" na "justa" vitória de Maduro".

"Depois das críticas de Maduro sobre o nosso sistema eleitoral, o Brasil não mais enviará seus inúteis observadores eleitorais para a Venezuela, mas sim o seu nano-diplomata Celso Amorim, afinal devemos ser o primeiro país a reconhecer a "lisura" na "justa" vitória de Maduro. Caso isso não aconteça Maduro acusará a oposição de golpe".

Veja abaixo na íntegra:

 

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postado em 28/07/2024 14:48
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