O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta sexta-feira (26/7), a ausência de governadores em eventos quando vista os estados. O petista afirmou que sempre convida os representantes para participar de seus eventos, mas que “alguns não têm comparecido”.
Segundo o chefe do Planalto, o governo federal usa critérios técnicos para escolher quais estados e prefeituras vão receber recursos da União, e que ele não privilegia seus aliados políticos. O presidente relatou que recebe reclamações de prefeitos petistas que não foram contemplados.
“Todas as vezes que eu viajo para um estado, eu convoco o governador, porque eu quero que ele vá, quero que ele fale, que ele diga o que ele tem que dizer para o povo de lá”, disse Lula durante anúncio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no Palácio do Planalto.
“Alguns não têm comparecido. Possivelmente, pela imagem negativista de um presidente da República que só viajava para estado que ele gostava, só viajava para amigos, e não dava importância para quem pensava diferente dele”, acrescentou Lula, se referindo ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
O presidente destacou a ausência do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em agendas no estado. Na semana passada, durante inauguração de obra em São José dos Campos (SP), o chefe do Executivo disse que convidou o bolsonarista para a solenidade, e que espera que ele saiba “governar para o povo”.
Tarcísio já participou de eventos com Lula no início do ano e, inclusive, trocou afagos. Com a proximidade das eleições municipais, porém, ele e outros governadores da oposição evitam subir no palanque com o presidente.
Seleção de obras
Lula também afirmou, no evento, que o governo usa critérios técnicos para apoiar obras nos estados e municípios, citando o que foi feito no Novo PAC Seleções. Ele disse que recebeu reclamações de prefeitos do PT, seu partido, que não foram contemplados pelo programa.
“Nunca nesse país se chamou ente federado para se discutir política pública. Era política de amigo, era política de compadre”, afirmou o presidente. “A gente não prioriza o governante, a gente prioriza a importância da obra e o benefício que aquela obra trará para a população do município”, disse.
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