Estão reunidos no Rio ministros da Fazenda e presidentes dos bancos centrais dos integrantes do Grupo dos 20, como preparatória da cúpula de novembro. O ministro Haddad quer taxar os mais ricos, em nome da justiça social. Aquela gente que usou inteligência, inovação, descoberta, oportunidade e virou bilionária. Gente que criou oportunidades, atendeu a milhões de consumidores, criou emprego, produziu muito e paga muito imposto. Jorge Gerdau Johannpeter me diz que, antes mesmo de produzir a primeira tonelada de aço em suas refinarias, já era cobrado com impostos e taxas. Antes de começar a atividade industrial!
Em vez de estimular, o Estado desestimula o investimento produtivo e a criação de empregos. São bilionários que são exemplo para os jovens que sonham em ter sucesso econômico na vida. Isso gira a economia, gera riqueza e bem-estar social. Mas a ideologia no governo os trata como maus exemplos que devam ser punidos com mais tributos. Isso é injustiça e não justiça social. E taxação faz mal ao investimento. Capitais fogem de lugares inamistosos e punitivos.
Se enriqueceram sem favores ilícitos, sem pagar propina para autoridades e partidos políticos, se movimentaram a economia, pagaram salários e tributos, por que deveriam ser unidos com mais atributos, além dos que todos pagam? Injustiça social é quando o Estado tira a renda de pessoas e empresas a ponto de precisarem trabalhar o equivalente a cinco meses num ano só para cumprir a imposição de tributos, supostamente destinados à prestação de serviços que o Estado não presta ou presta mal, como saúde, educação, segurança, justiça, saneamento básico. Isso só é apenas injustiça porque o Estado cobra baseado em leis. É o que impede de classificar isso como estelionato.
Também querem taxar mais as heranças e impedir que nossa previdência privada VGBL possa passar para nossos herdeiros indicados no banco, sem passar por inventário, como foi acordado no contrato da aplicação. O Estado brasileiro vive de nossos impostos, mas gastá-los consigo mesmo, em mordomias, privilégios, gratificações, horário de trabalho, férias e aposentadorias maiores que as de quem o sustenta, é clara injustiça social, parecida com a relação entre senhores feudais e os servos.
Injustiça social é se a gente for juntar as estatísticas. Os números podem ser conferidos na internet. Na população brasileira, de 203 milhões (IBGE), os que produzem riqueza, pagam impostos e dão empregos, são apenas 21% dos brasileiros — cerca de 43 milhões de empresários, empregados, empreendedores. Os que vivem de Bolsa Família são bem mais: 56 milhões (28%); 53 milhões estão abaixo de 18 anos (26%) e são considerados improdutivos; 39 milhões (19%) são aposentados e pensionistas que já pagaram a previdência e supostamente já não estão produzindo riqueza; e 12 milhões (6%) são do serviço público, que não cria riqueza. Quer dizer, 21% dos brasileiros sustentam 79%. É isso justiça social?
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