ABIN PARALELA

Unafisco quer que ex-advogada de Flávio Bolsonaro esclareça falas sobre auditores

"Acusações são extremamente graves e potencialmente danosas à reputação dos auditores fiscais da instituição", afirma a associação

Juliana Bierrenbach, na época advogada de defesa do senador Flávio Bolsonaro, afirmou durante uma reunião que uma organização criminosa atua dentro da Receita Federal -  (crédito: Saulo Cruz/Agência Senado)
Juliana Bierrenbach, na época advogada de defesa do senador Flávio Bolsonaro, afirmou durante uma reunião que uma organização criminosa atua dentro da Receita Federal - (crédito: Saulo Cruz/Agência Senado)

A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco) vai buscar responsabilização civil e criminal de Juliana Bierrenbach, ex-advogada do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), pelas declarações sobre a atuação da Receita Federal.

A advogada afirmou durante uma reunião privada com o ex-presidente Jair Bolsonaro que uma organização criminosa atua dentro da Receita Federal, supostamente agindo contra desafetos políticos.

Em nota, a Unafisco disse que "as acusações são extremamente graves e potencialmente danosas à reputação dos auditores fiscais da instituição". 

"Diante da gravidade das acusações, a Unafisco Nacional assegura que não hesitará em tomar todas as medidas legais, civil e criminalmente, para proteger a reputação dos auditores fiscais", afirmou o presidente da Unafisco, Mauro Silva. O presidente disse ainda que "a Sra. Juliana Bierrenbach terá a oportunidade de se retratar ou poderá ser responsabilizada civil e criminalmente".

Ao G1, a advogada disse que não vai se retratar sobre as declarações.

Nesta segunda-feira (15/7), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo da gravação da reunião, que ocorreu em 25 de agosto de 2020. Além da advogada de defesa Juliana, estavam presentes na reunião o ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, o general Augusto Heleno, na época ministro do Gabinete de Segurança institucional (SGI) e o então presidente Bolsonaro. Flávio Bolsonaro não estava presente.

 

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postado em 19/07/2024 14:14 / atualizado em 19/07/2024 14:15
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