8 de janeiro

PGR denuncia mulher que pichou "perdeu mané" na estátua do Supremo

Débora Rodrigues dos Santos foi flagrada escrevendo a frase "perdeu mané" no símbolo da Justiça, em frente ao STF. Nas redes sociais, há uma imagem dela com os dedos sujos de tinta

Acima, símbolo da Justiça com frase usada pelo ministro Barroso, em Nova York. Ao lado, Débora flagrada com dedos sujos de tinta -  (crédito: Reproduções/Redes sociais)
Acima, símbolo da Justiça com frase usada pelo ministro Barroso, em Nova York. Ao lado, Débora flagrada com dedos sujos de tinta - (crédito: Reproduções/Redes sociais)

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra Débora Rodrigues dos Santos, que foi flagrada escrevendo a frase "perdeu mané" na Estátua da Justiça, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na tentativa de golpe de Estado dos bolsonaristas em 8 de janeiro de 2023. Ela faz parte se um grupo de mais de 1,3 mil pessoas que foram identificadas pelas autoridades policiais.

Débora foi flagrada por fotógrafos que realizavam a cobertura da invasão às sedes dos Três Poderes e está presa desde 31 de março do ano passado. O vandalismo pelo qual ela é apontada também aparece em imagens difundidas pelas redes sociais. A estátua foi submetida a limpeza para remover a tinta usada para escrever a frase com a qual o atual presidente do STF, Luís Roberto Barroso, respondeu à provocação de um bolsonarista, quando chegava para um evento, em Nova York, em 15 de novembro 2022.

Débora foi detida em Paulínia (SP), na oitava fase da Operação Lesa-Pátria, desfechada pela Polícia Federal (PF) para investigar os crimes cometidos em 8 de janeiro. A denúncia foi apresentada em 2 de julho e está sob sigilo. Ela é acusada de associação criminosa armada; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.

A PGR pede condenação de Débora e afirma que existem provas suficientes contra ela. Por meio de nota, a defesa afirmou que a prisão de 480 dias "extrapola todos os prazos sem qualquer justificativa plausível" e argumenta que a transferência dela para o presídio de Tremembé (SP) "fere de morte a proteção integral da criança, visto que Débora tem dois filhos menores". O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes e caso o Supremo aceite a denúncia, ela se tornará ré.

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postado em 17/07/2024 03:55
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