INVESTIGAÇÃO

PF deflagra operação contra esquema ilegal de espionagem da Abin

Entre os alvos da espionagem estão deputados, juízes, advogados e jornalistas

São cumpridos cinco mandados de prisão e sete de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) -  (crédito: Governo Federal)
São cumpridos cinco mandados de prisão e sete de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) - (crédito: Governo Federal)

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (11/7), a 4ª fase da Operação Última Milha, que mira envolvidos no esquema ilegal de espionagem montado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). De acordo com as investigações, a estrutura do órgão era usada para vigiar autoridades dos Três Poderes e jornalistas.

São cumpridos cinco mandados de prisão e sete de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As ações ocorrem em Brasília, Curitiba, Juiz de Fora, Salvador e São Paulo.

A PF informou que "o objetivo é desarticular organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas e à produção de notícias falsas, utilizando-se de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin)".

As diligências revelaram que membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas. Os investigadores também apontam que "a organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos".

Entre os alvos da espionagem ilegal estão deputados, ministros do Supremo e jornalistas que atuam como setoristas e cobrem o cotidiano da suprema corte.

Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.

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postado em 11/07/2024 09:13 / atualizado em 11/07/2024 09:23
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