O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se reuniu, nesta quarta-feira (10/7), com o grupo de trabalho (GT) da reforma tributária para tratar das emendas ao projeto de lei complementar (PLP) que regulamenta a reforma (68/2024). O deputado deseja atingir consenso para que as bancadas apresentem até quatro destaques de emendas. A principal discordância, neste momento, é a falta da carne bovina na cesta básica isenta de impostos.
O parecer, que teve a urgência aprovada na terça (9) e que será votado hoje, manteve a proteína fora da cesta básica com imposto zero, mas com uma redução de 60% da alíquota padrão do Imposto sobre Valor Agregado, estimada pelo Ministério da Fazenda em 26,5%. Relatos ao Correio afirmam que a carne deve permanecer fora da cesta e este ponto será votado em destaque.
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) deve tentar reverter este ponto no texto e o PL sinaliza que irá apresentar uma emenda buscando retirar a tributação da carne, mas ainda não há consenso dentro do partido em relação ao tema.
Lira já se posicionou e defende que a proteína não fique livre de impostos, pois acabaria impactando na alíquota geral a ser definida. A Receita estima que as carnes poderiam aumentar em 0,53% a alíquota geral, levando a 27%. A bancada do agro, por sua vez, aponta que o impacto seria, na verdade, de 0,2%.
Há ainda impasse sobre as armas estarem no rol de produtos da alíquota geral e não do Imposto Seletivo (IS), chamado de “imposto do pecado”. O IS contempla uma lista de produtos e serviços que são considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.
O relator do texto, Reginaldo Lopes (PT-MG), pontuou, ainda, que corre para inserir no texto uma espécie de gatilho à alíquota geral. Assim, sempre que houver o indício de aumento dos 26,5%, o governo federal deverá fazer ajustes.
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