O advogado Renato Gomes Nery foi assassinado ontem, aos 72 anos. Conforme informações da Polícia Militar, a vítima estava na porta do escritório de advocacia onde atuava, em Cuiabá, quando foi surpreendido por um atirador que disparou cerca de sete tiros, dos quais três atingiram Renato. Ele foi rapidamente socorrido e passou por uma cirurgia em um hospital particular da capital, sendo posteriormente internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu aos ferimentos.
Renato foi baleado quando chegava ao escritório dele. Segundo a Polícia Civil, o atirador já estava esperando pelo advogado e, após atirar, fugiu do local em uma moto. Uma câmera de segurança registrou o momento em que a vítima caminha até a porta do escritório, é atingida pelos disparos e cai no chão. Depois do crime, o suspeito fugiu. "É um caso de execução. Esse executor já estava esperando a vítima. Ele (advogado) sai do carro e, quando chega próximo ao escritório, é atingido", disse o delegado de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá (DHPP), Bruno Abreu Magalhães.
Em entrevista à imprensa, o coronel da PM Edylson Figueiredo reforçou que se trata de um crime planejado. "Tem certamente fatos relevantes que motivaram a ação. As forças de Segurança estão empenhadas em buscar os criminosos", afirmou.
Renato Nery teve uma carreira destacada no campo jurídico, atuando como presidente da Ordem dos Advogados do Brasil — Seccional Mato Grosso (OAB-MT) e conselheiro Federal da OAB durante a gestão 1989-1991. A notícia da morte foi recebida com tristeza pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB). Em nota, a entidade lamentou profundamente a perda do ex-presidente da OAB-MT e ex-conselheiro federal, destacando a gravidade do atentado sofrido pelo advogado.
"A Ordem dos Advogados do Brasil expressa, neste momento difícil, sua solidariedade aos amigos, colegas e familiares do advogado. Acompanharemos a investigação do caso com atenção e cobraremos a punição dos responsáveis", afirmou Rafael Horn, presidente em exercício do Conselho Federal da OAB.
Desde o ocorrido, dirigentes da OAB Nacional e da OAB do Mato Grosso têm se empenhado na apuração do caso. O diretor-tesoureiro, Leonardo Campos, e a presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, entraram em contato com o secretário de Segurança Pública local, César Augusto Roveri, e com o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alexandre Mendes, solicitando prioridade na investigação do crime.
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