ELEIÇÕES

Tabata reage após Marçal insinuar que ela tem culpa pela morte do pai: 'Nojento'

Pré-candidato insinuou que o pai da deputada cometeu suicídio em decorrência dela ter ido estudar em Harvard, nos EUA

Tabata Amaral (PSB) e Pablo Marçal (PRTB) -  (crédito: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados e Reprodução/Redes sociais)
Tabata Amaral (PSB) e Pablo Marçal (PRTB) - (crédito: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados e Reprodução/Redes sociais)

Tabata Amaral (PSB), pré-candidata a prefeita de São Paulo, criticou o também pré-candidato Pablo Marçal (PRTB) por ele ter insinuado que o pai dela se matou em decorrência dela ter ido estudar em Harvard, nos EUA. É a segunda vez que o empresário ataca a deputada. No final do mês passado, ele disse que Tabata não poderia ser prefeita porque não é casada e nem tem filhos.

De acordo com a própria pré-candidata, seu pai era bipolar, não foi diagnosticado e nem tratado, se tornou alcoólatra e também usou crack. Porém, a declaração de Marçal não tem lastro temporal: o suicídio ocorreu quando Tabata ainda estava no Brasil, embora já aprovada no vestibular para estudar no exterior.

"É uma falta de caráter absurda, é perverso, é nojento mesmo", disse Tabata em vídeo publicado nas redes sociais. Ela afirma ter chegado a desistir de ir estudar em nos EUA, mas foi incentivada pela família e professores. "Com 18 anos, eu estava num país estranho e estudava o dia inteiro e trabalhava à noite com um babá pra mandar dinheiro pra minha mãe. Pablo Marçal, com essa mesma idade, fazia parte de uma quadrilha de roubo de banco", declarou Tabata.

Segundo o portal Metrópoles, Marçal foi condenado em 2010 por integrar uma quadrilha que desviava dinheiro de contas bancárias após infectar e-mails dos correntistas. A pena de prisão foi extinta em 2018, após a Justiça considerar que o crime estava prescrito. O pré-candidato do PRTB foi procurado para comentar o caso, mas ainda não se manifestou.

"Se quer ser prefeita, que ela cresça. Uma pessoa que passou por mais problemas é mais tarimbada para governar, e eu passei por mais problemas que ela. Eu também vim da periferia. Eu também tive um pai que foi alcoólatra, mas a família ajudou e ele deixou o alcoolismo. Já sobre o pai dela, ela foi pra Harvard, e o pai dela acabou morrendo. Governar e ser vítima na mesma pessoa não tem como", disse Pablo Marçal em entrevista a Isto É publicada nesta quinta-feira, 4.

A disputa eleitoral pela Prefeitura de São Paulo está empatada, conforme pesquisa Genial/Quaest publicada no dia 27 de junho. O atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), tem 22% das intenções de voto, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), 21%, e o apresentador José Luiz Datena (PSDB), aparece com 17%. Os três estão tecnicamente empatados na margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos. Marçal, com 10%, e Tabata, com 6%, também estão em empate técnico.

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postado em 04/07/2024 23:05
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