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Com R$ 400 bilhões para o agro, Lula lança maior Plano Safra da história

Recursos para o biênio 2024/2025 são 10% a mais do que o do período anterior. Agricultura familiar terá R$ 76 bilhões em linhas de crédito

Presidente Lula no lançamento do Plano Safra 2024/2025. -  (crédito: Ricardo Stuckert/PR)
Presidente Lula no lançamento do Plano Safra 2024/2025. - (crédito: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou, ontem, o Plano Safra 2024-2025 e disponibilizará R$ 400,59 bilhões em linhas de crédito, incentivos e políticas agrícolas para médios e grandes produtores. Em relação ao plano anterior, de R$ 364,22 bilhões, houve um aumento de 10%.

Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), os produtores rurais ainda poderão contar com mais R$ 108 bilhões em recursos de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), para emissões de Cédulas do Produto Rural (CPR) — que serão complementares aos incentivos do novo Plano Safra. No total, são R$ 508,59 bilhões para o desenvolvimento do agro.

Dos R$ 400,59 bilhões em crédito para a agricultura empresarial, R$ 293,29 bilhões ( 8%) serão para custeio e comercialização e R$ 107,3 bilhões ( 16,5%) para investimentos. Em relação aos recursos por beneficiário, R$ 189,09 bilhões serão com taxas controladas, direcionados para o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e demais produtores e cooperativas — os outros R$ 211,5 bilhões terão taxas livres.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o lançamento do plano para defender a isenção de impostos sobre carnes — uma das pautas discutidas na reforma tributária. "Estamos com um pequeno problema. Temos que discutir o que vai entrar na cesta básica. O que a gente vai isentar de imposto para a cesta básica? Vocês que são produtores sabem que já tem a briga: 'Carne entra? Carne sai? Fica? Entra carne de primeira, de segunda?' Sou daqueles que vou ficar feliz se puder comprar carne sem imposto. Prometi na campanha que o povo ia voltar a comer picanha e a tomar cerveja", lembrou.

Lula destacou que foi nos governos petistas que o Plano Safra ofereceu as maiores quantidades de recursos e que "nunca pediu para ninguém do setor agradecê-lo". "Pode pegar Deodoro, Café Filho, Getúlio, Juscelino, FHC, Collor, Bolsonaro. Nós fizemos sempre os melhores planos Safra desse país e nunca pedi para nenhum empresário agradecimento. Sei da importância da agricultura brasileira e sei o significado de vocês", frisou.

Sustentabilidade

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, citou o fator sustentável do plano. "Essa ideia de financiar, a juros baixos, a recuperação de terra degradada e recolocar essa terra a serviço da produção, tanto de alimentos quanto de grãos exportáveis ou pasto, é uma das principais demandas do mundo em relação ao Brasil", explicou, aproveitando para elogiar a Frente Parlamentar da Agricultura — que faz sistática oposição ao Palácio do Planalto.

Por sua vez, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou que apesar da crise climática e dos preços achatados, o agronegócio cresceu 15%, em 2023. "As pessoas podem até não gostar de nós, mas não estamos aqui participando de um concurso de simpatia. Estamos trabalhando para que essa agropecuária continue sendo uma força da economia brasileira", enfatizou.

Antes do lançamento do plano para os gigantes do agronegócio, Lula lançou a versão voltada para a agricultura familiar — que concederá R$ 76 bilhões em crédito para os pequenos agricultores, com juros reduzidos, que podem ser usados para garantir safra, regularização fundiária e mesmo compra de equipamentos.

 

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postado em 04/07/2024 03:55
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