Agronegócio

FPA critica 'desorganização' do governo por adiamento do Plano Safra

Em nota, a bancada do agro apontou que produtores ficarão descobertos após o fim do Plano Safra 2023/2024, que acaba em 30 de junho. Adiamento foi anunciado nesta terça (25/6) pelo governo

A decisão do governo de adiar o Plano Safra 2024/2025 para a semana que vem desagradou os ruralistas. Em nota divulgada nesta terça-feira (25/6), a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) criticou a “desorganização e ineficiência” do Executivo, e lamentou que os produtores ficarão descobertos pelo plano atual — que vence no fim de junho.

Em reunião pela manhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu remarcar o anúncio, previsto para amanhã (26). O lançamento ficou para a quarta-feira da semana que vem (3/7). Participaram do encontro os ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária) e Fernando Haddad (Fazenda), além da secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior.

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“A FPA lamenta profundamente o adiamento do Plano Safra 2024/2025, numa total demonstração de desorganização e ineficiência do governo federal”, disse a bancada em nota. “Importante ressaltar que os produtores rurais ficarão descobertos durante a primeira semana de vigência do plano”, acrescentou. O plano atual, 2023/2024, termina em 30 de junho.

Expectativa do setor é de R$ 500 bilhões em créditos

A bancada argumentou ainda que, se a proposta inicial tiver problemas, levará ainda mais tempo para que o crédito seja disponibilizado para os produtores. Também pediu urgência ao governo federal “para que possamos enfrentar os desafios de continuar contribuindo com grande parte do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, da geração de emprego e renda, além do alimento de qualidade e sem inflação na mesa do brasileiro”.

A expectativa do setor é de que o Plano Safra supere o do ano passado, e atinja R$ 500 bilhões em créditos. Ele é dividido em duas partes: uma para o agronegócio, outra para a agricultura familiar. Ambas devem ser anunciadas no mesmo dia, em eventos separados.

Segundo Paulo Teixeira, o adiamento ocorreu por questões de agenda. O governo também considerou lançar o programa em Rondonópolis, no Mato Grosso, mas a ideia foi descartada.

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