A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, pediu desculpas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelas falhas da Enel, estatal italiana que tem a concessão da distribuição de eletricidade em São Paulo. A conversa, que ocorreu no sábado passado (15/6), na Itália, durante a participação de Lula na cúpula do G7 — grupo das economias mais industrializadas do planeta —, ocorreu depois do brasileiro cobrar de Meloni e do presidente da estatal, Flavio Cattaneo, uma solução para os apagões na capital paulista.
“O presidente Lula questionou eles de forma bem clara e direta sobre quanto a empresa iria investir para que a situação nunca mais se repetisse”, relatou o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante coletiva com a imprensa no Planalto, nesta quinta-feira (20/6).
A Enel no estado de São Paulo vem sofrendo críticas pela qualidade do serviço depois de uma série de apagões causados por chuvas e que atingiram a capital paulista desde o início do ano. Silveira chegou a ameaçar, na época, rever os contratos de concessão da empresa no país. Flavio Cattaneo, CEO da empresa italiana de distribuição de energia Enel, reforçou a Lula que o Brasil segue sendo prioritário na estratégia de crescimento da empresa.
Em função dos incômodos, no fim do ano passado e início deste ano, com os apagões no da Enel no estado de São Paulo. Silveira, anunciou nesta quinta-feira (20/6) a publicação, nesta sexta-feira (21), de um decreto que estabelece novas regras para a medição da qualidade do serviço prestado pelas concessionárias distribuidoras de energia elétrica.
O novo regramento, chamado pelo ministro de “diretrizes para renovação", estabelece regras mais duras sobre o tempo máximo de interrupção do fornecimento de eletricidade até mesmo durante eventos climáticos extremos, o que vai impactar na renovação, ou não, dos contratos dessas empresas.
"As distribuidoras serão obrigadas a se planejar melhor para que não tenham desculpa de que não conseguiram resolver o problema da população por causa de problema urbanístico e de podas de arvores", disse Silveira.