A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados foi palco de mais uma briga nesta quarta-feira, 19. O deputado Gilvan da Federal (PL-ES) pediu que um policial revistasse e empurrou um cidadão na sala do colegiado após ele dizer "viva a maconha". Na mesma sessão, o deputado Hélio Lopes (PL-RJ) foi chamado de "capitão do mato".
O primeiro episódio aconteceu com Gilvan. "Quem falou 'viva a maconha'?", questionou o parlamentar ao ouvir a fala. Ele partiu em direção ao homem que estava acompanhando a sessão. "O senhor está com maconha aqui? Policial, eu quero revista nesse cara aqui. Se estiver portando maconha aqui, você vai tomar voz de prisão."
Neste momento, o espectador tocou na bandeira do Brasil que Gilvan costuma carregar no ombro. "Você encostou em mim, cara?", esbravejou Gilvan, que então deu um leve empurrão no homem contra a parede.
O cidadão falou "viva a maconha" após Delegado Éder Mauro (PL-PA) criticar a presença de membros da União Nacional dos Estudantes (UNE), relacionando-os ao ativismo em favor da droga.
O espectador foi conduzido ao Departamento de Polícia Legislativa (DEPOL), onde prestou queixa e foi registrada ata do incidente. Ele foi liberado poucos minutos depois.
Esse não foi o único caso na sessão da tarde desta quarta-feira, 19. Enquanto Hélio Lopes, apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) discursava em obstrução a um projeto de lei que visa reconhecer e titular terras de comunidades quilombolas, alguém gritou "capitão do mato" no auditório.
O deputado ficou furioso e protestou, procurando quem falou. A pessoa não foi identificada pela DEPOL.
A Comissão de Direitos Humanos virou um dos principais palcos de conflitos na Câmara. Na semana passada, a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP), de 89 anos, passou mal e precisou ser hospitalizada após uma sessão repleta de duras discussões entre deputados.
Poucos minutos depois do fim da sessão em razão de Erundina, Éder Mauro deu um empurrão em um militante que fez provocações contra Bolsonaro.
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