CONTAS PÚBLICAS

'Lula ficou mal impressionado com o aumento de subsídios no país', diz Tebet

Ministra do Planejamento e Orçamento se reuniu com Lula e com o ministro da Fazenda Fernando Haddad na manhã desta segunda-feira (17/6) no Palácio do Planalto

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta segunda-feira (17/6) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou “mal impressionado” com o aumento dos subsídios no país. A declaração ocorreu após reunião com Lula e o ministro da Economia, Fernando Haddad, no Palácio do Planalto.

A ministra informou ainda que as contas do chefe do Executivo foram aprovadas por unanimidade pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Tebet ressaltou que entre os assuntos, foi discutido com Lula os gastos tributários de 2023 e a elaboração do Orçamento do governo para 2025. “A razão da reunião foi trazer o detalhamento do relatório do TCU que aprovou por unanimidade as contas do presidente. Foi o melhor relatório para o governo nos últimos anos porque a única ressalva que fez foi sobre a que o ministro Haddad e a equipe está se debruçando. Os indicadores macroeconômicos. É muito difícil um país crescer com baixa inflação. Então todos os índices macroeconômicos positivos”.

“O que chamou a atenção do presidente foi a questão do aumento do déficit da renúncia que também consta no relatório. São duas grandes preocupações: o crescimento dos gastos da presidência e o crescimento dos gastos tributários da renúncia”, continuou.

A ministra explicou ainda que existe “uma intersecção” entre os dois aumentos. “O aumento dos gastos da presidência está relacionado também ao aumento da renúncia dos gastos tributários. Por exemplo, a discussão esse ano da desoneração da folha dos municípios. Isso impacta no déficit da presidência. Então esses números foram apresentados ao presidente e ele ficou extremamente impressionado, mal impressionado com o aumento dos subsídios que está batendo quase 6% do PIB do Brasil”.


“Estamos falando da renúncia fiscal tributária mas também das renúncias de benefícios financeiros e creditícios, e quando colocamos os três temos que somar os R$ 519 bi que o Haddad falou, dá um total de R$ 646 bi. Ele (presidente) nos deu um tempo para que a gente possa se debruçar sobre esses números, sair com alternativas e é isso que nós vamos fazer na próxima reunião, vamos apresentar algumas soluções”


Por fim, Tebet se dirigiu à imprensa e disse que sua equipe trabalhará “quieta” e só falará sobre o planejamento após apresentar a Lula. “Peço desculpas a todos que vão me procurar depois, mas nós não vamos, eu pelo menos, a equipe é trabalhar quieto, é apresentar ao presidente primeiro antes de externar para a população através da imprensa”

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